Operação Sakichi: furto de caminhonetes de luxo vira moeda do narcotráfico - PORTAL DE NOTÍCIAS DO ONILDO ALVES

Page Nav

HIDE

Pages

Propaganda

Últimas notícias:

latest

Operação Sakichi: furto de caminhonetes de luxo vira moeda do narcotráfico

  Investigação visa interromper furtos de veículos como Toyota Hilux e SW4, que eram trocados por drogas na fronteira com a Bolívia e Paragu...

 


Investigação visa interromper furtos de veículos como Toyota Hilux e SW4, que eram trocados por drogas na fronteira com a Bolívia e Paraguai

Uma organização criminosa especializada no furto de caminhonetes de alto luxo, especialmente modelos Toyota Hilux e SW4 é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de repressão aos crimes patrimoniais (CORPATRI). A quadrilha, que operava no DF e tinha conexões internacionais, furtava os veículos para trocá-los por drogas em países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, alimentando o tráfico de entorpecentes. Batizada como "Sakichi", a megaoperação cumpriu 58 mandados judiciais, entre prisões preventivas, temporárias e mandados de busca e apreensão.

A operação apresentou como a organização criminosa trabalhava distribuída por quatro núcleos de ação, entre eles o estratégico, o operacional, o logístico e o financeiro. Cada uma dessas áreas desempenhava uma função específica dentro da quadrilha.

O núcleo estratégico era responsável pela liderança e coordenação das ações criminosas, desenvolvendo o planejamento e fornecendo os recursos necessários para a execução dos furtos. Esse setor também coordenava a distribuição dos veículos roubados para outros estados e países.

O operacional é composto por criminosos que realizavam diretamente os furtos das caminhonetes. Após o roubo, o grupo providenciava o armazenamento inicial dos veículos e a adulteração dos sinais identificadores, como os números de chassi, para facilitar a comercialização clandestina. Segundo o delegado Konrad Rocha, o setor logístico atuava no transporte interestadual e internacional dos veículos roubados, organizando e ocultando os automóveis em locais estratégicos.

No caso do núcleo financeiro, os encarregados eram responsáveis por gerir as finanças da organização, garantindo o fluxo de dinheiro oriundo dos furtos e da revenda dos veículos roubados. Esse setor também cuidava da lavagem de dinheiro, utilizando diversos meios para disfarçar as transações financeiras e evitar a detecção por parte das autoridades.

Técnicas

Os criminosos utilizavam de técnicas sofisticadas para burlar os sistemas de segurança dos veículos. As caminhonetes da marca Toyota, especialmente os modelos Hilux e SW4, são equipadas com tecnologia avançada que dificulta o roubo. No entanto, os suspeitos tinham equipamentos especializados, como módulos eletrônicos adulterados e dispositivos para reprogramação dos sistemas de segurança, garantindo que os veículos pudessem ser facilmente ligados e deslocados sem serem rastreados.

Além disso, os criminosos utilizavam tecnologia para bloquear os sinais de rastreadores, uma ferramenta que, geralmente, ajuda na localização de veículos furtados. Após o roubo, os criminosos desativavam os rastreadores e realizavam a troca de peças essenciais para garantir a revenda dos veículos de forma clandestina.

Ao longo das investigações, foram recuperadas 11 caminhonetes de luxo que haviam sido furtadas, sendo quatro veículos localizados no Mato Grosso do Sul, três em Goiás e quatro no Distrito Federal. A operação também desarticulou parte da logística da organização criminosa, interrompendo seu funcionamento e impedindo que novos furtos e trocas de veículos por drogas ocorressem.

A quadrilha foi investigada por furto qualificado e penas podem chegar a oito anos de reclusão, além de crimes relacionados a organização criminosa, com pena máxima também de oito anos. A lavagem de dinheiro pode resultar em penas que ultrapassam os 10 anos de reclusão, especialmente quando a prática é realizada de forma reiterada e por meio de uma estrutura criminosa bem definida.

Com informações do CB

Nenhum comentário