Caras novas chegam à Casa para completar as bancadas das unidades da Federação — o que pode até mesmo mudar o equilíbrio de forças. Uma bo...
Caras novas chegam à Casa para completar as bancadas das unidades da Federação — o que pode até mesmo mudar o equilíbrio de forças. Uma boa parte dos senadores se licenciará nas próximas semanas, com vistas à disputa pelas prefeituras, em outubro
Pelo regimento interno da Casa, os suplentes assumem somente se o senador tiver que se ausentar por mais de quatro meses. As licenças para fins particulares são permitidas por, no máximo, 120 dias e não são remuneradas.
Na véspera do início do recesso, o advogado Castellar Neto (PP-MG) assumiu um dos assentos de Minas Gerais, no lugar de Carlos Vianna, que concorrerá à prefeitura de Belo Horizonte pelo Podemos. Castellar foi prestigiado pelo vice-governador do estado, Mateus Simões (Novo), que compareceu à posse. "Sou um profundo admirador do governo de Minas, e gostaria que você (Simões) levasse ao governador (Romeu) Zema minha palavra de apoio. Estou à disposição do governo", afirmou Castellar.
Outro que tomou posse na última semana foi Bene Camacho (PSD-MA), no lugar da presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), que assumirá a Secretaria da Juventude de seu estado. A passagem do ex-deputado federal será curta, uma vez que a senadora confirmou que retorna ao cargo em outubro. Ela, aliás, é um dos nomes cotados para a disputa à presidência da Casa, sucedendo Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Eliziane retorna ao Maranhão para engrossar a campanha do correligionário Eduardo Braide (PSD) em São Luís, movimento semelhante a outros senadores que pediram licença. É o caso do autor do projeto da desoneração da folha de pagamento, Efraim Filho (União-PB), presidente estadual da sua sigla — substituído por André Amaral (União-PB) —, e do líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), que cederá lugar para Flavio Azevedo (PL-RN).
Marinho foi apontado secretário-geral do partido, na convenção nacional do PL, na terça-feira passada. Na prática, ele atuará como coordenador eleitoral durante a campanha. "Esse é um momento crucial para o Partido Liberal. Meu objetivo como secretário-geral é fortalecer a unidade do partido, garantir uma representação eficiente em todas as esferas e apoiar nossos diretórios estaduais para alcançarmos grandes vitórias nas próximas eleições", ressaltou Marinho na convenção.
Augusta Brito (PT-CE) — suplente do ministro da Educação, Camilo Santana, no Senado — se licenciou, em abril, para se tornar a secretária de Articulação Política da gestão de Elmano Farias, no Ceará. Em seu lugar, Janaína Farias (PT-CE), que ocupava uma secretaria no Ministério da Educação, assumiu a cadeira. Ela é pré-candidata à prefeitura de Crateús (CE).
O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) é outro que deve se licenciar em breve. O atual prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, sinaliza o desejo de ter o parlamentar como vice na sua candidatura à reeleição. A suplente, Eudócia Caldas (PL), é a mãe de JHC. A expectativa da ala política, cujo o prefeito e o senador fazem parte, é que JHC seja reeleito. Segundo um levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado no fim do último mês, o prefeito figurava no topo das intenções de voto, com 54,4%.
O cenário de Cunha como vice é bem visto, de acordo com relatos ao Correio, pois estaria nos planos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma candidatura ao Senado em 2026.
No cargo
Há, ainda, o caso daqueles que preferiram não se licenciar, como Eduardo Girão (Novo-CE), que disse que irá conciliar a campanha com as atividades parlamentares "sem nenhum problema". O Novo anunciou sua convenção municipal para 3 de agosto, quando irá confirmá-lo como candidato à prefeitura de Fortaleza.
Vanderlan Cardoso (PSD-GO) disputará a prefeitura de Goiânia, mas, atendendo ao pedido do líder da bancada, Otto Alencar (BA), permanecerá no mandato para não desfalcar o partido na presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Com informações do CB
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