A solenidade, que acontece na próxima segunda-feira (17), às 9h30, no Plenário, foi proposta pela deputada Dayse Amarilio, que é enfermeir...
A solenidade, que acontece na próxima segunda-feira (17), às 9h30, no Plenário, foi proposta pela deputada Dayse Amarilio, que é enfermeira obstetra e Procuradora Especial da Mulher da CLDF
Quando se fala em cuidado e amor, automaticamente pensamos em mulheres. Na saúde - segmento composto em 70% por profissionais do sexo feminino, não é diferente. São elas, as mulheres, que fazem a diferença quando o assunto é cuidar de pessoas. Além disso, elas desempenham papéis essenciais em diversos setores da saúde, desde a linha de frente no atendimento aos pacientes até a liderança em pesquisas inovadoras. Diariamente, elas enfrentam desafios com coragem, competência e muita dedicação. E é com isso em mente que, na próxima segunda-feira (17), às 9h30, no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal, a deputada Dayse Amarilio (PSB) homenageará inúmeras mulheres que inspiram na área da saúde.
Segundo a parlamentar, que é profissional de saúde e Procuradora Especial da Mulher (PEM) da Casa, a intenção da solenidade “é destacar a importância e o impacto das mulheres que se destacam na área da saúde, inspirando gerações e contribuindo significativamente para o avanço e a humanização dos serviços de saúde”.
Na ocasião, serão entregues moções de louvor para várias mulheres que inspiram. De acordo com a distrital, “as homenageadas foram escolhidas em razão de possuírem histórias impactantes de cuidado no trabalho e fora dele”. “Todas elas, além de profissionais de saúde, desenvolvem uma missão de vida”, diz Dayse Amarilio.
Foram convidadas para o evento a presidente executiva do Grupo Sabin, Lídia Freire Abdalla Nery; a vice-presidente e co-fundadora do Grupo Sabin, Sandra Soares Costa; a co-fundadora do Grupo Sabin, Janete Ana Ribeiro Vaz; a doutora e enfermeira, professora associada da Universidade de Brasília (UnB), Fátima de Sousa; a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio; a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN) Nacional, Jacinta de Fátima Sena; a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Lívia Vanessa Ribeiro Pansera; a secretária de Assuntos Jurídicos do SindEnfermeiro e sócia do Instituto Wanda Horta, Kelly Cristina Coelho Costa; a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Leonor Maciel e a sócia-fundadora da Corpus Saúde Integrada, Mayanne Carvalho Pimentel.
Baixo acesso a cargos de liderança
O relatório ‘A Situação das Mulheres e a Liderança na Saúde Global” evidencia um grave paradoxo: apesar de 70% dos profissionais da linha de frente da área da saúde serem mulheres, elas representam apenas 25% dos cargos de liderança.
Nesse contexto, é preciso destacar que as mulheres lideram o cuidado de 5 bilhões de pessoas e contribuem com US$3 trilhões (R$15,5 trilhões) para a saúde global. Apesar disso, uma grande parte desse cuidado vem do trabalho não remunerado. Hoje, infelizmente, estima-se que haja no mínimo 6 milhões de mulheres trabalhando sem remuneração nos sistemas de saúde ao mesmo tempo em que tentam sustentar a si próprias e suas famílias.
Equidade
Apesar dos avanços ao longo das décadas, a situação das mulheres ainda evolui em ritmo muito lento. Uma estimativa recente da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que levará 140 anos para que as mulheres alcancem a equidade na representação de liderança. Além disso, durante a pandemia de Covid, muitas mulheres perderam espaço.
"Lamentavelmente, o patriarcado e o machismo estrutural acabam oferecendo aos homens melhores oportunidades educacionais e no mercado de trabalho. As mulheres tendem a ser induzidas a empregos com salários mais baixos e ainda há uma “penalidade de maternidade” e grande pressão para que exerçam dupla, às vezes tripla jornada, dedicando-se à casa e à família", observa Dayse Amarilio
A deputada destaca ainda que homenagear as profissionais de saúde que inspiram e dão o melhor de si cotidianamente é um gesto singelo, e que é preciso fazer muito mais.
“Os gestores, seja na esfera pública ou privada, precisam oferecer condições de trabalho adequadas e remuneração justa e igual às ofertadas aos homens que ocupam os mesmos cargos. A nossa luta é antiga e continuará até que todas nós tenhamos respeito, reconhecimento e igualdade de direitos e oportunidades”, conclui a parlamentar.
Serviço:
Agência CLDF
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