Segunda maior celebração religiosa da região recebeu mais de R$ 1,2 milhão de investimento do GDF; festejos continuam neste domingo (19) S...
Segunda maior celebração religiosa da região recebeu mais de R$ 1,2 milhão de investimento do GDF; festejos continuam neste domingo (19)
Símbolo da fé brasiliense, a Festa do Divino Espírito Santo, em Planaltina, reuniu milhares de devotos neste sábado (18). O festejo começou logo cedo com a tradicional cavalgada – os devotos partiram da área rural rumo à praça da Paróquia São Sebastião, no centro histórico da região administrativa. No local, houve o Encontro das Bandeiras, com a participação de todas as paróquias da cidade e a realização de um grande almoço.
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Turismo (Setur), investiu R$ 1,2 milhão nas festividades. “Planaltina é uma cidade que tem um sentimento religioso muito forte, e essa é uma festa tradicional da região e de grande relevância para o Distrito Federal. O que temos que fazer é colaborar com esse evento maravilhoso e estar junto com a nossa população”, disse o governador Ibaneis Rocha, durante o evento.
O chefe do Executivo ressaltou o potencial turístico de Brasília, que foi anunciada como uma das sedes da Copa do Mundo Feminina de 2027 nesta sexta-feira (17). “Temos investido muito na área do turismo no Distrito Federal; é uma cidade maravilhosa, que tem um nível de segurança acima das demais cidades, e é a terceira cidade mais limpa do Brasil. Então, temos todo o carinho para receber esse público que vem para esses eventos”, ressaltou Ibaneis Rocha. O turismo religioso entrou para o escopo da política de turismo oficial em janeiro deste ano, junto ao esportivo.
A Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina relembra a descida do Espírito Santo sobre os 12 apóstolos de Jesus Cristo, em Pentecostes, sete semanas após a Páscoa. A celebração é a segunda maior da região administrativa, atrás apenas da Via Sacra do Morro da Capelinha, e foi instituída patrimônio cultural imaterial por meio do Decreto nº 34.370, de 17 de maio de 2013.
Comunhão
Mais de 800 pessoas trabalharam na organização da 142ª edição do evento, que segue com uma programação especial até este domingo (19), dia em que é comemorado Pentecostes.
Um dos envolvidos na logística é o aposentado Joaquim Luís de Sousa, 67 anos. Ele participa da folia como guia da cavalgada há mais de três décadas, orientando o percurso pelo qual os cavaleiros passarão em oito dias de trajeto, desde a cidade de Água Fria, Goiás, até o centro de Planaltina. “É a união de todas as bandeiras; e em seguida tem o almoço da folia de rua. Amanhã, será o almoço da folia da roça”, afirmou.
A aposentada Maria Helena da Silva, 76, faz parte da equipe que prepara o café da manhã para os cavaleiros. “Damos o lanche e tem uma oração também”, contou. “A Festa do Divino para a gente é a vida, né? O divino Espírito Santo que nos guia; sem ele, não somos nada”.
O cardeal Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, explicou o simbolismo do festejo centenário. “O Espírito Santo, que é o dom de Deus, é o que nós celebramos no Pentecostes; Jesus que vai ao Pai e manda para nós o Espírito Santo”, afirmou. “O povo sente a ação do Espírito Santo no seu coração, na sua vida. O povo sente o Espírito Santo que vai sempre impulsionando a nossa vida para o bem, que vai sempre nos ajudando no dia a dia, nos conduzindo, ajudando a vencer as dificuldades, as tristezas, os desânimos”.
Um dos fieis que acompanhou o Encontro das Bandeiras foi o motorista Weuvizon Afonso Gratão, 58. O cortejo é um compromisso anual para ele e os filhos, João Guilherme, de 5 anos, e Ana Júlia, 16. “Moro em Planaltina desde 1973 e participo da festa desde 1992. Neste ano, fizemos a alvorada da folia de roça também”, revelou o pai. “Eu amo, é a melhor sensação da minha vida. Espero o ano todo por essa data, simboliza uma coisa muito grande pra minha família, desde pequena eu tenho essa tradição”, compartilhou Ana Júlia.
A folia gera efeitos também para o comércio local. A empresária Lídia Monteiro, 36, disse estar animada com as vendas do final de semana. “Trabalho aqui já tem 15 anos e a festa nunca me deixou na mão. É uma maneira muito boa de melhorar a nossa economia, porque vem gente de várias cidades”, garantiu
Com informações da Agência Braslíia.
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