Criado há 11 anos, o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) passa a ser um serviço permanente à população do...
Criado há 11 anos, o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) passa a ser um serviço permanente à população do Distrito Federal, ou seja, uma política de Estado. A medida foi autorizada pelo governador Ibaneis Rocha em cerimônia no Palácio do Buriti nesta quinta-feira (25).
Isso significa que o CrisDown passa a ter equipe garantida e acesso pela população mesmo com trocas na gestão do governo local. Atualmente, o serviço atende 2,3 mil famílias e funciona no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), mas vai ganhar uma nova sede na 612 Sul em projeto em fase de elaboração.
Ao garantir que essa assistência aos familiares e pessoas com síndrome de Down se torne algo perene, o governador Ibaneis Rocha reforçou a necessidade de ampliar os atendimentos e as políticas para este público.
Lançado em 2013, o CrisDown oferta atendimentos desde pediatras a fonoaudiólogos até psiquiatras, ortopedistas e neurologistas. Esse acompanhamento é oferecido a todas as faixas etárias, desde bebês até adultos, e é considerado essencial para diagnósticos, acompanhamento e evolução dos atendidos.
Para a coordenadora do CrisDown, a fisioterapeuta Carolina Vale, o gesto do governo traz um sentimento de alívio. “A partir de hoje, o Crisdown permanece. Ele se mantém perene, mesmo que troque de governo, troque de gestão. E isso garante a todos que estão chegando hoje no serviço que ele vai ter continuidade. E para que as novas gerações continuem a ter o mesmo atendimento ou até melhor do que o que a gente já tem hoje no serviço”, afirma.
“Essa assinatura faz com que a gente consiga oferecer e orientar essas famílias para que elas ofereçam mais possibilidade, mais oportunidade para essas pessoas que têm toda a condição de estar inseridas na sociedade, trabalhando, formando suas famílias, formando seus núcleos. E é isso que a gente realmente quer: autonomia e independência”, acrescenta a gestora.
Atendimento
A rede de saúde tem se preparado de outras formas para auxiliar esse público. Com a aquisição de aparelhos de ultrassonografia e o chamamento de 103 ginecologistas, o GDF passa a ter mais capilaridade no atendimento e diagnóstico de bebês com Síndrome de Down.
“Vamos poder utilizar, na nossa plena capacidade, todos os aparelhos de ultrassom para que no exame pré-natal possamos dar o diagnóstico das possibilidades de crianças nascerem com síndrome de Down. Nós temos na ecografia a possibilidade de ver a prega nucal, que é um indicativo de termos uma criança com Síndrome de Down”, detalha a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Segundo a Secretaria de Saúde, cada mil vivos, um é diagnosticado com síndrome de Down por ano. “O DF tem 39 mil nascidos por ano, somando a rede pública e a rede privada. Assim, podemos entender a magnitude desse diagnóstico precoce e desse acompanhamento”, acrescenta a titular da Saúde.
Para quem está inserido no dia a dia do CrisDown a notícia desta quinta-feira (25) foi recebida da melhor forma possível. É o caso da servidora pública Andreia Almeida, 52 anos, e do filho João Roberto, 15 anos. Ela considera o atendimento um divisor de águas na vida do filho.
“O CrisDown significa para a gente um porto seguro quando se trata da saúde dele no sentido integral, tanto físico quanto psicológico, motor, etc. E agora ter como política pública nos dá uma segurança que só a política pública institucionalizada nos dá. Entendo que o CrisDown vai receber todo o apoio, todos os recursos que ele necessita e que ele merece”, comemora.
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Com Ag. Bsa
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