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O colapso da infraestrutura urbana de Goiânia revela desafios urgente

  Goiânia, a capital de Goiás, enfrenta atualmente uma série de problemas de infraestrutura que refletem a crise na gestão pública da cidade...

 



Goiânia, a capital de Goiás, enfrenta atualmente uma série de problemas de infraestrutura que refletem a crise na gestão pública da cidade. Entre os principais problemas estão a coleta de lixo irregular, a presença de buracos nas ruas e a frequência de alagamentos.

A coleta de lixo em Goiânia tem sido um problema recorrente, com crises reportadas em 2014, 2016, 2022 e várias vezes em 2023. Moradores de diferentes bairros relatam atrasos de até 10 dias na coleta, resultando no acúmulo de lixo nas ruas, o que gera não apenas transtornos visuais, mas também riscos à saúde pública. Esta situação é exacerbada por questões financeiras enfrentadas pela Comurg, a companhia responsável pela coleta de lixo na cidade, que tem um débito fiscal de R$1,3 bilhão.

Em relação aos buracos nas vias, apesar dos esforços da Seinfra (Secretaria Municipal de Infraestrutura) para tapar mais de 437 mil crateras em 25 meses e reconstruir 630 km de asfalto, a qualidade do trabalho realizado tem sido questionada. Especialistas em mobilidade apontam que os materiais utilizados para o "tapa-buracos" não atendem às necessidades da cidade, e a situação é comparada a "enxugar gelo", com os mesmos problemas se repetindo anualmente.

Os alagamentos em Goiânia também são uma grande preocupação. A cidade possui 99 pontos registrados de alagamento, com áreas críticas em várias regiões. Especialistas sugerem que cada ponto de alagamento deve ser analisado individualmente para encontrar soluções eficazes. Em 2022, a Seinfra realizou a limpeza de quase 40 mil bocas de lobo e a retirada de mais de 7 mil toneladas de entulhos para prevenir alagamentos, mas ainda assim, a recuperação dessas áreas é considerada lenta.

Diante desses desafios, é evidente que Goiânia necessita de uma abordagem mais estratégica e sustentável na gestão de sua infraestrutura. É preciso um planejamento que vá além das soluções imediatistas, contemplando ações de longo prazo que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos e o desenvolvimento urbano da cidade.

Alano Queiroz é vice-presidente estadual do Partido Novo em Goiás



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