Criação de Observatório sobre a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora no DF e Região será principal ação da articulação Sindicatos, movim...
Criação de Observatório sobre a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora no DF e Região será principal ação da articulação
Sindicatos, movimentos sociais e pesquisadores se reuniram na terça-feira (19), no Centro de Excelência em Turismo (CET) da Universidade de Brasília (UnB), para o lançamento da retomada do Fórum Intersindical de Saúde-Trabalho-Direito do Distrito Federal e região. A ideia é que o Fórum seja um espaço de reflexão, formação e discussão sobre trabalho e saúde, com protagonismo dos trabalhadores.
“O Fórum retoma suas atividades enquanto um espaço de diálogo, de reflexão, mas também de proposição e intervenção na realidade”, explicou Thiago Melo, professor do CET/UnB.
Segundo ele, a principal ação da articulação será a construção de um Observatório sobre a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora no DF e Região, com o objetivo de levantar, sistematizar e disponibilizar dados sobre a saúde do trabalhador e, portanto, das condições de trabalho no DF e adjacências. Uma agenda de reuniões regulares será estruturada para o ano de 2024.
A retomada do Fórum é fruto do curso de formação sindical em saúde do trabalhador e da trabalhadora, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Fiocruz do Rio de Janeiro, onde a articulação nasceu. O Fórum também está presente em outras cidades, como João Pessoa e Goiânia.
Um dos temas discutidos no encontro foi a formação popular em saúde. Um dos braços dessa articulação é a formação de agentes populares de saúde, com ênfase em diferentes áreas, como agroecologia, juventude, desenvolvimento produtivo das mulheres e de fitoterápicos.
“É uma forma de empoderar e instrumentalizar os movimentos sociais e a organização popular para cuidar da saúde. E o resultado é uma saúde construída a várias mãos populares, ajudando as limitações que o serviço público de saúde tem, para que a gente possa criar um ambiente saudável em todas as categorias”, defendeu Rafael Bastos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que participou do encontro. “Não há condição de trabalho ou de alimento saudável produzido por relações violentas ou doentes”, completou.
Participaram do ato de lançamento do Fórum, além de sindicatos, pesquisadores da UnB, UFG, UEG e IFG, a secretaria de Saúde da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF), representantes da CEBES, Fiocruz e CEREST-DF, a coordenadora nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde e a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).
Com informações do Brasil de Fato
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