Ao som de bandas, orquestras e variadas atrações musicais, a Câmara Legislativa comemorou o Dia do Músico em sessão solene no plenário na ...
Ao som de bandas, orquestras e variadas atrações musicais, a Câmara Legislativa comemorou o Dia do Músico em sessão solene no plenário na manhã desta quinta-feira (23). O autor da homenagem, deputado Jorge Vianna (PSD), declarou que o DF valoriza seus músicos, “profissionais que, a fim de atingir a maestria do labor artístico, dedicam anos à prática instrumental e vocal, colocando à disposição da sociedade seus esforços e talentos, e, portanto, dignos de todo reconhecimento e admiração”.
Para além da fruição artística, o parlamentar observou a relevância da música para a economia local e ressaltou que o Legislativo está atento às demandas da categoria, que debateu, em audiência pública da CLDF, a regulamentação da cobrança do couvert artístico.
Como profissional de saúde, Vianna assinalou os impactos positivos da musicoterapia na prevenção de doenças e reabilitação de pacientes, ao destacar as experiências promovidas no Hospital da Criança de Brasília (HCB) e nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Nesse sentido, ele argumentou a favor de políticas públicas e práticas integrativas entre saúde e arte, a exemplo do Concerto do Afeto, da Orquestra Filarmônica de Brasília.
Ao agradecer a homenagem da CLDF, o maestro da Orquestra Filarmônica de Brasília, Thiago Francis, ponderou que são raras as manifestações de reconhecimento aos músicos no Brasil, um dos países mais musicalizados do mundo. “Ainda não somos respeitados pelo que fazemos”, lamentou, ao defender que Brasília não seja apenas um celeiro de músicos de excelência, mas também uma cidade que respeite seus artistas. Nesse contexto, ele reivindicou a reabertura das salas Villa-Lobos e Martins Pena, do Teatro Nacional, e também espaços e salas em regiões administrativas do DF.
Do mesmo modo, a maestrina da banda do Corpo de Bombeiro Militar do DF (CBMDF), Beatriz Schimidt, disse que a iniciativa da Casa é “inusitada”, pois é a primeira vez que participa de uma homenagem à classe musical. Ela contou a história da banda, que completa 60 anos, cujos músicos participaram da histórica caminhada da corporação, do Rio de Janeiro para Brasília, em 1963.
Também narrou fatos históricos o regente-geral da banda da Polícia Militar do DF (PMDF), Sebastião Souza, que recordou a criação da banda, no Brasil imperial, em 1866, no Rio de Janeiro, então composta por trinta instrumentistas, e o entrelaçamento do conjunto com a história do DF. Souza fez ampla defesa da música como instrumento de inclusão social. Sob esse olhar, o músico Denilson Bhastos, que participou do programa The Voice Brasil, elogiou os projetos musicais em escolas públicas do DF. Ele ainda reiterou a importância da formação musical e do estudo constante para a carreira.
“É impossível viver sem a música, sem a cultura”, opinou o presidente do Clube do Choro de Brasília, Reco do Bandolim, ao apontar que o choro está na base da música brasileira.
Valorização
Em nome do Executivo, o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes, cumprimentou os músicos. “Valorizar a música é valorizar quem a executa”, afirmou. Ao garantir que a pasta trabalha pela valorização da cultura, Abrantes assegurou que a atual gestão tem quebrado recordes de execução de fomentos. Ele citou editais em andamento, como os relacionados à lei Paulo Gustavo e à lei Aldir Blanc. “Cultura não é gasto, é investimento”, completou.
Nenhum comentário