Treinador diz que tendência se dá por sua característica e a do argentino Marcelo Bielsa, brinca ao ser questionado sobre escalação: "...
Treinador diz que tendência se dá por sua característica e a do argentino Marcelo Bielsa, brinca ao ser questionado sobre escalação: "O time com colete ou sem colete?
Com um estilo de jogo autoral
e que prioriza a troca de passes curtos com aproximação, o treinador medirá
forças com a famosa cultura de jogo ofensivo implementada por Marcelo Bielsa e
que inspirou nomes como Pep Guardiola. Questionado sobre o confronto, Diniz
apostou em um jogo de coragem de brasileiros e uruguaios.
Seleção se prepara para enfrentar Uruguai em estádio da Copa de 2030
Após
duelos contra seleções de menor porte, como Bolívia, Peru e Venezuela, o treinador
da seleção brasileira foi questionado sobre o nível de enfrentamento que espera
dos uruguaios. Jogando no Centenário, o time de Bielsa fez 3 a 1 no Chile na
abertura das eliminatórias em partida que serve de referência para Diniz.
– Temos que estar preparados para todas as
situações. Uma delas, talvez a mais previsível, seria uma marcação mais alta e
com pressão. Contra o Chile, foi pressão, mas não tão alta e tiveram
protagonismo. É um time muito bem treinado, com jogadores nos principais clubes
da Europa. Esperamos um grande clássico.
Um duelo com equipes ofensivas e com prazer em ter a bola nos pés. É desta maneira que Fernando Diniz projeta o clássico entre Brasil e Uruguai, nesta terça-feira, às 21h (de Brasília), no Estádio Centenário, em Montevidéu, pela quarta rodada das Eliminatórias para a Copa de 2026.
Contra
o Uruguai, Fernando fará pela primeira vez alterações por vontade própria na
equipe titular. Se Yan Couto entra na vaga do lesionado Danilo, Carlos Augusto
e Gabriel Jesus ganham as posições de Guilherme Arana e Richarlison por decisão
do treinador, que em tom bem humorado brincou sobre a confirmação da escalação.
-
Essa é a tendência do time. É o que vocês viram aí. Com colete ou sem colete
(risos)?
O
Brasil entra em campo para enfrentar o Uruguai com Éderson, Yan Couto,
Marquinhos, Gabriel Magalhães e Carlos Augusto; Casemiro, Bruno Guimarães e
Neymar; Rodrygo, Vini Jr e Gabriel Jesus.
Com
sete pontos, a Seleção ocupa a segunda colocação da competição que dará seis
vagas diretas no Mundial e uma para a repescagem.
Confira
outros trechos da entrevista
REPERCUSSÃO DO JOGO
–
Futebol é feito não só de resultados, existe o pragmatismo, vale 3 pontos, mas
existe toda a simbologia. Um clássico de grande rivalidade há 73 anos, a partir
da partida de 1950 na Copa do Mundo, tiveram grandes embates, jogar no
Centenário mexe com todo mundo, comigo, jogador, todo mundo fica mais
sensibilizado, a gente não pode jogar fora toda a história que foi construída.
DEFESA - LATERAIS
–
A questão do entrosamento: procuramos fazer o que foi possível, em termos de
vídeo, de análise de vídeo. Todos que estão com a camisa da Seleção tiveram que
passar por um funil estreito. Yan tem trajetória em categoria de base na
seleção, está bem na Espanha, Carlos Augusto teve interesse da seleção italiana
para naturalizá-lo. São jogadores que mereceram estar na Seleção, Yan foi bem
contra a Venezuela.
LIÇÃO JOGO DA VENEZUELA
–
A principal lição do jogo contra a Venezuela é que tínhamos um jogo
extremamente controlado quando estava 1 a 0. Mas achamos que poderíamos marcar
com menos concentração sem que isso causasse dano. A única bola que foi no gol,
entrou. A gente teve chances de ampliar o marcador, um pouco por interferência
do gramado e do calor. Se a gente tivesse tido mais consistência, teria
vencido.
NEYMAR
–
Uruguai não tem Neymar. Uma coisa que vale divulgar são os números do Neymar,
ele é o primeiro em quase todos os quesitos do atacante. Primeiro em
participação de gol, primeiro em nota do site especializado... os números
explicam ele estar aqui. De novo foi decisivo, deu assistência. Eu já falei que
o Neymar é um dos grandes jogadores da história do futebol brasileiro e do
futebol mundial.
PRECIOSISMO
–
A gente pecou na tomada de decisão no terço final, talvez um lance ou outro
poderia ter arrematado de fora da área, mas não vi preciosismo. Teve dificuldade
do campo e também erro de tomada de decisão, centralizamos contra-ataque, isso
dificultou para terminar jogadas.
RICHARLISON
–
Eu não sou psicólogo, tenho formação em psicologia. Me interesse pelos
jogadores e pelo lado humano. O Richarlison contribuiu naquilo que pôde,
principalmente nos dois primeiros jogos. Ele teve chances de marcar, se tivesse
entrado, mudaria o ânimo. Isso aumenta a estima, talvez ele precisasse naquele
momento. Ele continua trabalhando, treinou bem e teve melhora de rendimento no Tottenham.
vai estar sempre no nosso radar, já tem história na seleção, é jovem, o que
está passando quase todos os jogadores passaram. Logo vai estar brilhar no mais
alto nível.
CARLOS AUGUSTO
–
Tem a ver com isso, mas não é só isso, um conjunto de fatores, que faz com que
o Carlos jogue, o principal é a segurança e a confiança que ele apresentou nos
treinamentos e nos jogos da Inter que a gente acompanhou.
CENTENÁRIO
–
Toda a vez que visto a camisa da Seleção é um grande privilégio. Entrar nesses
cenários tem sempre um sabor especial, traz brilho à partida, é uma coisa
diferente, eu gosto, é muito bom poder estar aqui nesse estádio.
GRAMADO
–
Daquilo que a gente viu, talvez seja o que reúne melhores condições. É difícil
na América do Sul ter gramado padrão europeu. Esse é um fator que vai ajudar as
duas equipes. Uruguai gosta de jogar, ter bola no jogo, acelerar, o campo vai
ajudar o jogo.
SUPERSTIÇÃO
–
Não tenho superstição, a gente tem que trabalhar muito e entregar o melhor para
a Seleção. Em relação às lesões, aconteceram um número excessivo, temos
jogadores para suprir. Sobre se estressar, sou tranquilo, tenho uma comunidade
aqui para se reunir, conversar e enfrentar os desafios.
Com
informações do GE
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