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Usuários de transporte público no DF relatam o convívio diário com o medo

  De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), neste ano foram registradas 315 ocorrências desse tipo, média de três a cada doi...

 


De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), neste ano foram registradas 315 ocorrências desse tipo, média de três a cada dois dias. Samambaia lidera o ranking, com 90 casos em 2023

Preso em flagrante por assaltar ônibus e manter uma passageira refém dentro do coletivo, Gilliard Costa Silva, 21 anos, teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça, na manhã de ontem. O caso, que é investigado pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), ocorreu no último sábado. Após duas horas de negociação, o autor se rendeu e liberou a vítima que foi ameaçada por ele com uma faca.

Segundo o delegado-chefe da 26ª DP, Fernando Fernandes, no mesmo dia da ocorrência no ônibus, houve um outro assalto com o mesmo modus operandi por volta de 15h na quadra 1033, de Samambaia Norte. "Um elemento com as mesmas características dele e munido também com uma faca chegou a abordar motorista, cobrador e passageiro, subtraindo alguns pertences", comentou o delegado, enfatizando que a polícia acredita que Gilliard também tenha cometido esse assalto horas antes.

Insegurança

Quem precisa utilizar o transporte público coletivo no Distrito Federal, convive com o medo de ser a próxima vítima de um roubo, durante a viagem. O temor é compreensível, pois, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), neste ano foram registradas 315 ocorrências desse tipo, uma média de três casos a cada dois dias. Ainda segundo a pasta, a região com a maior quantidade de registros, no mesmo período, foi Samambaia, com 90 ocorrências de roubo a coletivos (confira o quadro).

Nelsilene Barbosa, 42, presenciou de perto o perigo do transporte público, quando pego um ônibus para Samambaia Norte. "O motorista demorou a fechar a porta e um cara entrou pela porta traseira. Quanto perceberam o assalto, os passageiros gritaram para que as portas do veículo fossem fechadas. "Mas ele desceu pela mesma porta que entrou", conta.

A doméstica se safou do roubo por estar sentada nos assentos anteriores à catraca. "O coração ficou a mil. Agora, a gente só pede a Deus para não acontecer de novo", diz. 

Professor de direito do Ceub e especialista em segurança pública, Antônio Suxberger ressaltou que, em geral, as iniciativas levadas a efeito pelos prestadores de serviço acabam se revelando mais efetivas do que simplesmente incrementar o policiamento ostensivo.  "Por exemplo, o uso de videovigilância no interior dos ônibus (câmeras de gravação) é fator inibitório nesse tipo de crime", observou acrescentando a possibilidade de colocar dispositivos nos coletivos que acionem a polícia de maneira mais rápida.

Estratégias

A Secretaria de Segurança Pública informou, por meio de nota, que deu início, em 2023, a uma série de ações coordenadas com as forças de segurança do DF e outros órgãos. A pasta considera importante que a população registre as ocorrências para ajudar na elaboração de estudos que monitoram e indicam dias, horários e locais de maior incidência de cada crime, para ajudar nas investigações e na elaboração de estratégias para o policiamento ostensivo da Polícia Militar do DF (PMDF).

As empresas Marechal, Pioneira e São José afirmaram, em nota, que colaboram com o que que é possível nas investigações e estão sempre disponíveis para acompanhar cada caso. Além disso, treinam os motoristas para que, quando houver qualquer tipo de ocorrência, se dirijam até a delegacia mais próxima, para registar o boletim, assim como enviam à polícia o circuito interno de imagens.

A TCB, afirmou, por meio de nota, que está em contato permanente com a Polícia Civil para aprimorar a segurança dos motoristas e cobradores, assim como dos passageiros. Além disso, a empresa disse que os ônibus contam com georreferenciamento e câmeras com alta resolução, que possibilitam às forças policiais a identificação de possíveis criminosos. Além disso, a empresa tem parceria com PCDF e PMDF, como forma de determinar práticas de ação, possibilitando o contínuo treinamento de nossos motoristas e cobradores.

A empresa Piracicabana não deu retorno, até o fechamento desta edição. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a Urbi

Com informações do CB


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