A mobilidade ativa como forma de melhorar a mobilidade urbana foi tema de audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (12) no p...
A mobilidade ativa como forma de melhorar a mobilidade urbana foi tema de audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (12) no plenário da CLDF. A reunião foi presidida pelo deputado Max Maciel (PSOL) e debateu soluções para o problemas que inviabilizam o tráfego seguro principalmente de pedestres na capital.
O distrital é autor do projeto de lei nº 281/2023, que trata exclusivamente da mobilidade a pé, visando uma cidade mais ‘caminhável’ e acessível. Na audiência, Maciel criticou as soluções aos problemas viários com enfoque nos veículos. “Estamos visitando todas as obras no DF. Infelizmente, são obras que ainda têm uma visão ‘rodoviarista’, que privilegiam o carro. Essas obras não pensam na pessoa, no caminhar dos cidadãos, no acesso das pessoas à cidade”, destacou.
Participantes pedem uma cidade mais inclusiva
Ele explicou o termo “espaço opressor”, referindo-se às vias, calçadas e demais espaços públicos e privados construídos sem respeito às necessidades dessas pessoas. Segundo ele, idosos, pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida representam mais de 20% da população do DF.
“A gente vive numa cidade que reforça um comportamento capacitista, um comportamento anticiclista e antipedestre porque é uma cidade totalmente voltada para o veículo”, destacou Perseu.
Diante desses dados, Pavan disse ser fundamental pensar em uma rede de transportes que leve em consideração o trabalho doméstico desde a produção de dados até a construção de políticas públicas. “É importante buscar uma infraestrutura que torne o caminhar menos penoso. É importante haver um bom nível de arborização, um correto dimensionamento das calçadas, bom asfalto e iluminação. Só que em Brasília, isso revela uma enorme desigualdade, porque as pessoas que mais caminham geralmente habitam as regiões com menos infraestrutura”, afirmou.
“A integração e aprovação dos dois projetos será um grande passo para que a cidade consiga fortalecer e respeitar a mobilidade a pé, para que seja possível construir uma cidade acessível e inclusiva”, afirmou Maria Lúcia.
Ciclovias e ciclofaixas
Representantes de grupos que lutam pelo direito dos ciclistas criticaram a disposição da malha viária no DF. O limite de velocidade das vias para veículos, a falta de manutenção das ciclovias e ciclofaixas e a falta de ligação entre elas foram abordados na audiência.
Max Maciel criticou a falta de informações claras por parte dos órgãos públicos sobre quem é responsável por cada via do DF. “Pra todo mundo no DF, qualquer problema em uma via é de responsabilidade no Detran, mas quem vai entender que a ponte JK é de responsabilidade do Detran e a L4 é do DER (Departamento de Estradas de Rodagem)? Essa confusão viária de responsabilidades dificulta, inclusive, como a população fiscaliza e cobra”, pontuou o deputado.
Agência CLDF
Nenhum comentário