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Servidoras do GDF contam com salas de incentivo à amamentação

  Espaços acolhem e valorizam a presença das servidoras lactantes durante o expediente, com estrutura voltada também para o armazenamento de...


 Espaços acolhem e valorizam a presença das servidoras lactantes durante o expediente, com estrutura voltada também para o armazenamento de leite materno

O mês de conscientização sobre a amamentação é o Agosto Dourado, mas as ações de incentivo ao aleitamento materno ocorrem durante todo o ano nos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF).

Se seguirmos a média mensal deste ano, teríamos que ter pelo menos mais 100 novas mulheres doadoras nesses primeiros dias de agosto. Isso é desesperador. O apelo é grande para que as mulheres lactantes se voluntariem junto a nossa rede”

Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF

Atualmente, existem 16 órgãos vinculados ao GDF com suas respectivas sedes no Anexo do Palácio do Buriti. Lá, por exemplo, as servidoras lactantes contam com uma sala de apoio à amamentação, no 6º andar, certificada pelo Ministério da Saúde, que está à disposição das mamães durante todo o ano.

De acordo com a coordenadora do Programa de Atenção Materno Infantil para Servidores do DF (Proamis), Paula Ziller, o objetivo da sala é apoiar a gestante e promover a amamentação no retorno ao trabalho. “O aleitamento é importante porque promove saúde na criança e previne doenças na mãe. São inúmeros os benefícios que o aleitamento produz. Aqui na sala, se ela não tiver com o bebê para amamentar, ela pode ordenhar e guardar o leite na geladeira para colaborar com o banco de leite humano”, explica a coordenadora.

A sala de apoio à amamentação, certificada pelo Ministério da Saúde, fica no 6º andar do Anexo do Palácio do Buriti | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Marilise Garcia, 37 anos, é servidora da Secretaria de Fazenda (Sefaz) e mamãe da pequena Evelyn, de 9 meses. No retorno da licença-maternidade, ela foi uma das contempladas com uma vaga na creche do Buriti. Para ela, é um privilégio trabalhar perto da filha e poder continuar com a amamentação durante o dia. “Me sinto extremamente feliz e muito privilegiada de ter essa oportunidade de estar usando o berçário e todos os dias eu pegar o elevador e poder amamentar minha filha. É realmente um momento muito especial poder encontrá-la, amamentá-la e vê-la feliz tendo esse contato comigo mesmo após a licença. Nós duas somos beneficiadas”, compartilhou.

As iniciativas de apoio à amamentação ocorrem de forma descentralizada também. A sede da Secretaria de Saúde (SES-DF) e os hospitais regionais de Planaltina (HRP) e de Santa Maria (HRSM) dispõem de um espaço para acolher as lactantes, enquanto que, no Hospital de Base (HBDF), o local está em fase de implementação. Já as servidoras das administrações regionais de São Sebastião e do Jardim Botânico também podem utilizar uma sala para este fim. A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) dispõe de área comum, que também pode ser utilizada para acolher as lactantes. Já na Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) foi destinado um espaço para a sala e, de acordo com a empresa, está na fase do projeto.

Marilise Garcia, servidora da Sefaz e mãe de Evelyn, 9 meses: “Nós duas somos beneficiadas”

A coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos, defende que é importante que os locais de trabalho criem espaços de acolhimento às lactantes para incentivar o aleitamento materno. “É necessário dar apoio para a mulher para melhorar a amamentação. A mulher está presente no mercado de trabalho, a gente precisa apoiá-las. Quando a mãe volta ao trabalho, após a licença-maternidade, ela precisa de um local adequado para guardar leite para o filho dela, por exemplo. Para falar da importância da amamentação, é necessário dar as condições para a mulher exercer o aleitamento”, afirma.

Bancos de leite

Apesar de o Agosto Dourado ser o mês dedicado à conscientização do aleitamento materno e reduzir a mortalidade infantil, está em baixa o interesse de mulheres lactantes em se tornarem doadoras. Entre os dias 1º e 11 de agosto, houve somente 91 novas mulheres cadastradas para serem doadoras.

“Se seguirmos a média mensal deste ano, teríamos que ter pelo menos mais 100 novas mulheres doadoras nesses primeiros dias de agosto. Isso é desesperador. O apelo é grande para que as mulheres lactantes se voluntariem junto a nossa rede”, alertou a coordenadora Miriam.

As mulheres interessadas em se tornar voluntárias, devem se cadastrar no site Amamenta Brasília.

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