A iniciativa da comissão foi do deputado Gabriel Magno Intitulado Zona Verde, o projeto do Governo do Distrito Federal que trata da conces...
A iniciativa da comissão foi do deputado Gabriel Magno
Intitulado Zona Verde, o projeto do Governo do Distrito Federal que trata da concessão para a iniciativa passar a cobrar pelos estacionamentos em áreas públicas foi tema de comissão geral da Câmara Legislativa, nesta quinta-feira (3), encerrada com o pedido dos deputados distritais e representantes de entidades da sociedade civil para que a proposta seja revista. “A iniciativa demonstrou a necessidade de aprofundar o debate, o detalhamento e os estudos, pela importância que tem para a cidade”, resumiu Gabriel Magno (PT), parlamentar que requereu a realização da discussão.
Para o deputado Fábio Felix (Psol), deve ser considerado no debate o trabalhador que precisa se deslocar para o Plano Piloto em seu veículo. Enquanto Max Maciel, seu colega de partido, disse que a questão passa pela decisão governamental de “dar toda facilidade para quem usa o carro e toda dificuldade para quem usa ou gostaria de usar o transporte coletivo”. Também acrescentou a situação dos lavadores e guardadores de veículos.
Sistema de transporte
Por sua vez, Wilder Cardoso Gontijo Júnior, presidente do Movimento Andar a Pé, chamou a atenção para uma “contradição”: a apresentação de um projeto que visa estimular o transporte coletivo ou a mobilidade ativa (caminhar, por exemplo) pelo mesmo governo que, segundo ele, “adora carros”.
Já a presidente do Conselho Comunitário da Asa Norte, Clea Torres, afirmou que “não adianta fazer tudo isso, e não olhar para o conjunto da mobilidade urbana”. Ela informou que a entidade entrou na justiça contra o projeto. Patrícia Carvalho, que preside o Conselho Comunitário da Asa Sul, defendeu que Brasília tenha um “sistema digno de transporte”, o que seria, na opinião dela, “uma revolução”.
Coordenadora da Comissão de Política Urbana da seção do DF do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-DF), Clarissa Sapori reiterou que Brasília é uma “cidade hostil para os pedestres” e que, ao longo de sua história, o carro foi internalizado nos brasilienses como “uma extensão do nosso corpo”. Também apontou que o projeto Zona Verde “fortalece a exclusão”.
Ainda participou da comissão geral da CLDF o diretor de Policiamento e Fiscalização do Detran, Clever de Farias Silva. Ele acrescentou que após a instituição da cobrança pelo uso das vagas, o órgão fiscalizador trabalhará por demanda.
Agência CLDF
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