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Terapia nutricional do Hran potencializa recuperação

  Pacientes elogiam atuação da EMTN do Hospital Regional da Asa Norte; profissionais ajudam a minimizar possíveis efeitos ocasionados pela i...


 Pacientes elogiam atuação da EMTN do Hospital Regional da Asa Norte; profissionais ajudam a minimizar possíveis efeitos ocasionados pela internação‌

O cuidado com a alimentação do paciente durante o período de internação hospitalar faz toda a diferença para uma recuperação mais rápida. Pacientes do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) atendidos pela Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) relatam a dedicação com a qual foram tratados durante passagem pela instituição e apontam que os cuidados do grupo – formado por médicos, nutricionistas, nutrólogos, fonoaudiólogos, farmacêuticos e enfermeiros – potencializaram os tratamentos e ajudaram a minimizar possíveis efeitos ocasionados pela internação, como perdas musculares.

É o caso de Estela Sordelli, 44 anos, moradora da Asa Norte, que deu entrada no Hran por conta de uma obstrução intestinal em outubro de 2021 e foi diagnosticada com câncer de cólon. Hoje, utilizando bolsa de colostomia, ela se prepara para fazer a reconstrução do trânsito gastrointestinal. A paciente conta que chegou a pesar 28 kg, mas, com o acompanhamento da EMTN, teve alta com 35 kg.

Estela Sordelli, diagnosticada com câncer de cólon, com a médica da terapia nutricional do Hran Katianny Araújo: “Esse consultório salvou a minha vida. Nem eu acreditava que iria me recuperar”

“Passei três meses em coma, no total, sete meses internada; fiquei bastante tempo na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e perdi muito peso. Com o tratamento, ganhei sete quilos e consegui andar sozinha novamente. Depois, tive toda a orientação necessária sobre quantas vezes por dia tomar os suplementos e qual a alimentação adequada deveria manter. Esse consultório salvou a minha vida. Nem eu acreditava que iria me recuperar”, lembra Estela.

A médica da terapia Nutricional do Hran Katianny Araújo acompanhou a trajetória de Estela durante a internação. A profissional relata que a paciente segue nem acompanhamento com a equipe e também toma suplementos para auxiliar no processo de cicatrização após a intervenção cirúrgica. “O ambulatório de terapia nutricional é justamente para que o paciente tenha essa continuidade no tratamento. Ela recebeu alta, mas continua com a gente aqui e se prepara para fazer a reconstrução do trânsito gastrointestinal”, explica.

Terapia nutricional

Katianny destaca ainda a importância da EMTN para os demais setores do hospital. A médica relata que vários pacientes chegam com um quadro grave de desnutrição, o que pode comprometer a recuperação. Segundo a profissional, a estratégia terapêutica é definida de acordo com o perfil e as necessidades nutricionais da pessoa.

“O setor tem atuado efetivamente para a melhora dos pacientes. Vamos em todos os andares, porque temos uma ampla gama de especialidades atendidas no Hran, de queimados a pacientes pós-bariátricos, da clínica médica, cirurgia, infectologia”, afirma.

Há diferentes formas de aplicar a terapia nutricional: por sonda (enteral), quando o paciente tem dificuldade para engolir ou passa por uma intensa falta de apetite; alimentação diretamente na veia (parenteral), indicada para quadros em que o trato digestivo é incapaz de absorver nutrientes; ou ainda oral especializada (NOE), indicada para quando não é adequado utilizar o trato gastrointestinal.

A nutricionista da EMTN do Hran Alícia Gomes ressalta a importância da atuação conjunta: “Com os profissionais de fonoaudiologia, fazemos com que o paciente se alimente por via oral mais rapidamente. As enfermeiras dominam a técnica de administração da dieta. Os farmacêuticos ajudam na questão da via de administração dos medicamentos. É muito importante para a nutrição ter uma equipe que esteja sempre em contato com os outros profissionais de saúde e que possa também falar acerca da dieta oral de um suplemento. O estado nutricional vai influenciar no desfecho da situação do paciente”.

De acordo com a médica nutróloga Lidice Celebrini, o bom estado nutricional do paciente pode diminuir o período de internação e potencializar a recuperação. “Uma pessoa desnutrida não sai do respirador, tem mais tempo de internação e maiores complicações. O importante é o paciente sair daqui não como sobrevivente, mas com qualidade de vida”, diz.

Experiência do usuário

A dona de casa Maria da Paixão Soares, 69 anos, foi diagnosticada em 2021 com úlcera de Marjolin, espécie de câncer de pele maligno. Ela passou 20 dias internada recebendo tratamento nutricional para ganho de peso, a fim de se submeter a uma cirurgia.

“Ganhei sete quilos após o acompanhamento da equipe. A médica me fez não só ganhar peso, mas acreditar que era possível. Esse consultório nutricional salva a vida de muitas pessoas. A minha experiência foi ótima. A EMTN e o consultório da dra. Katianny fazem o paciente sair feliz, receber alta mais rápido e recuperado”, comenta. Ela também continua o acompanhamento e toma suplementos disponibilizados pela Secretaria de Saúde (SES).

Maria da Paixão Soares, diagnosticada com um câncer de pele maligno: “Ganhei 7 kg após o acompanhamento da equipe. A médica me fez não só ganhar peso, mas acreditar que era possível. Esse consultório nutricional salva a vida de muitas pessoas”

Neta de Maria da Paixão, Diana Soares, 34 anos, acompanhou o tratamento da avó. “No Hran, fomos atendidas por uma equipe maravilhosa que incluía profissionais da área de queimados e a equipe nutricional. A cirurgia foi feita em julho de 2022, com a retirada do tumor e a aplicação do enxerto de pele. A princípio, seria uma cirurgia para melhoria da qualidade de vida dela, e acabou sendo uma cirurgia curativa. Só tenho a agradecer. Grata pelo profissionalismo e pela forma humana com o qual ela foi tratada”, diz.

Os profissionais que formam a equipe multidisciplinar do Hran planejam um encontro com outras EMTNs regionais do Sistema Único de Saúde (SUS) para troca de experiências e transformá-las em benefícios aos pacientes atendidos.

Com informações da Secretaria de Saúde

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