Meia de 23 anos ex-Palmeiras marcou três gols e deu uma assistência de calcanhar na partida Foi uma atuação de gala da seleção brasileira ...
Meia de 23 anos ex-Palmeiras marcou três gols e deu uma assistência de calcanhar na partida
Foi uma atuação de gala da seleção brasileira em Adelaide. Contra um adversário de nível técnico bastante inferior — e o comum nervosismo da estreia —, o time de Pia Sundhage colocou a bola no chão e envolveu o Panamá. Sob a regência de Ary Borges, com três gols e uma linda assistência de calcanhar em sua primeira Copa do Mundo, a equipe venceu com facilidade por 4 a 0 e iniciou a trajetória no Mundial na liderança do grupo F.
— Nem nos meus melhores sonhos (eu imaginava isso). Senti um misto de emoções hoje. Fiquei pensando o que eu poderia fazer na partida e nunca imaginei que poderia ser da forma que foi. Muito feliz pelos três gols mas muito mais pela grande partida que o time fez e por sairmos com os três pontos, que é o mais importante — falou Ary Borges.
Mais do que a vitória, a ótima atuação da seleção brasileira serve também para levantar a moral do time para o confronto contra a França, importantíssimo para as pretensões do Brasil no Mundial. Se vencerem, as brasileiras ficam muito perto de garantirem a primeira colocação no fim da fase de grupos, o que representaria um caminho um pouco mais tranquilo nas oitavas de final. Não à toa, a comissão técnica de Pia Sundhage priorizou a partida contra as europeias e organizou a logística em torno dessa partida.
Amanhã, às 11h local (22h30 desta segunda no horário de Brasília) a seleção brasileira treinará no SA Football Centre. Depois, às 16h (3h30 de terça-feira no Brasil), voltam para Brisbane. A cidade foi escolhida como sede da delegação na Austrália na fase de grupos por ser justamente onde as brasileiras enfrentarão a França, no sábado.
Lado esquerdo é arma
Desde o primeiro minuto de jogo, o Brasil fez valer a superioridade técnica e amassou a seleção do Panamá. Atuando com quase todo o time no campo de ataque, a seleção brasileira empilhou chances e pressionou bastante a saída de bola das adversárias — a volante Luana foi importantíssima nesse papel. Nos primeiros 15 minutos, foram sete finalizações do time de Pia Sundhage.
Com tanto volume, o gol era questão de tempo. E saiu na principal arma da seleção na partida: as jogadas pelo lado esquerdo. A lateral Tamires acionou Debinha em profundidade, que cruzou para Ary Borges, nas costas da defensora panamenha, abrir o placar.
Ary Borges e Kerolin comemoram gol com dancinha — Foto: Thais Magalhães/CBF
Minutos depois, a própria Tamires foi a linha de fundo e cruzou para Ary Borges cabecear para boa defesa da goleira do Panamá e, aproveitando o próprio rebote, empurrar para o fundo das redes. 2 a 0 Brasil.
Ao fim da primeira etapa, a seleção brasileira teve 75% de posse de bola, 16 chutes contra nenhum de Panamá e 312 passes, sendo 264 certos contra 62 das panamenhas.
Show de Ary Borges
Já na segunda etapa, a seleção brasileira manteve o ímpeto e seguiu em cima do time de Panamá. Retrato disso foi logo aos dois minutos, quando Tamires e Debinha voltaram a trocar passes pela esquerda. A camisa 9 tabelou com Adriana, que deu lindo passe de calcanhar, e a bola chegou em Ary Borges. De frente pro gol, a craque do Brasil na estreia na Copa deu grande toque de calcanhar para Bia Zaneratto, que marcou o terceiro.
Para fechar a conta, mais um gol pelo lado esquerdo do campo. Regular na defesa e no ataque, Tamires avançou e passou para Geyse. A atacante cruzou para o meio da área e encontrou Ary Borges que, no meio de três defensoras, concluiu seu hat-trick.
Com os três gols, Ary se tornou a primeira brasileira estreante em Copas a marcar mais de um gol no seu primeiro jogo. Para completar a noite mais que especial na Austrália, a camisa 17 deu lugar justamente à Rainha Marta nos minutos finais.
— Primeiro é uma honra poder participar desse seleto times de grandes jogadoras que passaram pela seleção. Já tenho a oportunidade de jogar com a maior de todas. Não tinha música melhor para homenagear a melhor representação de líder que a gente tem. A Marta é um exemplo pra gente. Poder sair para ela entrar... Mais um dia especial e uma história que vou poder contar para os meus familiares —
Com informações de O GLOBO
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