Esse aracnídeo bem pequeno pode causar muitas doenças. Profissionais da Zoonoses dão dicas do que fazer para mantê-lo distante Com a seca,...
Esse aracnídeo bem pequeno pode causar muitas doenças. Profissionais da Zoonoses dão dicas do que fazer para mantê-lo distante
Com a seca, a população sabe que tem de melhorar a hidratação e consumir alimentos mais leves. Mas também precisa redobrar os cuidados com um tipo de aracnídeo bem pequeno, o carrapato, que pode causar muitas doenças.
“A (doença) mais comum transmitida pelo carrapato é a febre maculosa, causada por uma bactéria (riquétsia). É uma doença febril e pode variar os sintomas de leves a graves”, explica a gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis, a bióloga Kênia de Oliveira.
A seca é um período propício porque os ovos do carrapato precisam estar secos para eclodir”
Segundo a bióloga, o Distrito Federal não é uma região endêmica das doenças transmitidas pelo carrapato. Porém, possui áreas com condições favoráveis à ocorrência, como os parques urbanos e trilhas, principalmente no período de julho a setembro.
Este período de seca coincide com as férias escolares do meio do ano, quando mais pessoas têm acessos a trilhas, matas, parques e jardins. Os cuidados com os animais domésticos também devem estar em dia, já que eles podem ser hospedeiros de carrapatos.
“A seca é um período propício porque os ovos do carrapato precisam estar secos para eclodir”, alerta Isaias Martins, veterinário da Diretoria de Vigilância Ambiental.
De acordo com o veterinário, a transmissão da doença para humanos acontece quando o carrapato suga o sangue para se alimentar e libera saliva que infecta a corrente sanguínea. “Os sintomas aparecem entre o segundo e o décimo quarto dia da contaminação, mas a doença não é transmitida de uma pessoa para outra”, relata.
Os sintomas são febre, dor de cabeça, mal-estar geral, dores musculares e, em alguns casos, presença de manchas. Isaias Martins ressalta que um carrapato leva de quatro a seis horas para transmitir a bactéria ao hospedeiro. “Por isso, quanto mais rápido for retirado da pele, menor será o risco de contrair a doença.”
Mas a retirada do aracnídeo do corpo não é tão simples, já que ele não sai no banho. Por isso, há a necessidade de usar uma pinça. Em caso de dificuldades na retirada ou frente à ocorrência de sintomas, especialmente febre, deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo, informando a exposição ao carrapato.
O melhor é sempre a prevenção:
Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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