Servidores da Assistência à Educação do Distrito Federal lotaram o plenário da Câmara Legislativa, nesta quinta-feira (1º), para participa...
Servidores da Assistência à Educação do Distrito Federal lotaram o plenário da Câmara Legislativa, nesta quinta-feira (1º), para participar de comissão geral sobre a modernização da carreira. A categoria apresentou uma série de demandas, entre elas, valorização salarial, formação continuada e concurso para remoção. De forma unânime, os servidores ressaltaram que nenhuma escola funciona somente com professores, sem o trabalho da carreira Assistência à Educação.
Categoria diversa, integrada por monitores de Gestão Educacional, secretários escolares e gestores de habilitações como psicologia, nutrição, biblioteconomia e administração, a Assistência à Educação foi criada em 1989 e depois passou por reestruturações e mudanças na nomenclatura dos cargos.
“Essa carreira hoje é a que permeia toda a Secretaria de Educação. Vocês precisam ser valorizados”, disse o deputado João Cardoso (Avante), autor do pedido da comissão geral. O parlamentar informou ter apresentado um projeto de lei para prever concurso anual de remoção para a categoria. “A carreira de Magistério tem esse direito, mas a Assistência à Educação não”, apontou.
O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas do DF (SAE), Denivaldo Alves, lamentou que a categoria seja “desprestigiada” em algumas escolas e pregou isonomia com a carreira Magistério. Segundo ele, a Secretaria de Educação se comprometeu a reajustar em 30% a Gratificação de Incentivo à Carreira (GIC), parcelados em cinco vezes, assim como fez em relação à gratificação dos professores. “A secretária disse que o tratamento será isonômico, Educação é uma só”, afirmou.
Também da carreira Assistência à Educação, a diretora do Centro de Educação Infantil 04 de Sobradinho, Letícia do Nascimento, destacou o descumprimento das metas dos planos nacional e distrital de Educação no que diz respeito à equiparação do vencimento básico da categoria à média da remuneração das demais carreiras do DF com escolaridade equivalente.
“Nenhuma das metas do Plano Distrital vai ser cumprida até o próximo ano”, concordou o deputado Gabriel Magno (PT). “Não se faz educação pública de qualidade sem investimento”, disparou.
Por sua vez, o monitor de Gestão Educacional Cesar Augusto da Silva Borges tratou do alto número de servidores do cargo que abandonam o emprego: “Muitos desistem por conta das condições de trabalho. Percebo descaso por parte da secretaria, são profissionais desvalorizados, sem direito a readaptação. Quem sai mais prejudicado é o estudante”.
- Agência CLDF
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