Acesso menos burocrático para garantir qualidade vida aos pacientes que dela necessitam, facilitação do cultivo da planta, além de conside...
Acesso menos burocrático para garantir qualidade vida aos pacientes que dela necessitam, facilitação do cultivo da planta, além de considerá-la uma oportunidade econômica, foram pontos da Comissão Geral, que discutiu, na tarde desta quinta-feira (25), na Câmara Legislativa, as pesquisas em torno do uso medicinal da cannabis. Iniciativa do deputado Max Maciel (Psol), o debate reuniu especialistas, representantes de associações e do governo, familiares e usuários, que evidenciaram os efeitos positivos da terapia.
Para Felix (Psol), chamando a atenção aos limites legais impostos a legisladores locais, “a camada pedagógica é fundamental para o debate”. Por sua vez, Magno propôs à apreciação da CLDF o projeto de lei nº 108/2023, que busca regulamentar, no Distrito Federal, a plantação da cannabis sativa para fins medicinais, científicos e veterinários, por associações de pacientes, nos casos autorizados pela Anvisa ou por legislação federal.
Por sua vez, Mariana de Azevedo, cofundadora da Associação de Cannabis Medicinal de Brasília, recordou motivos familiares que a levaram a participar ativamente desse movimento. “Por que uma planta tão beneficia é motivo de um tabu tão grande, sofre preconceitos, além de ser um alvo constante dos interesses econômicos”, indagou.
Já Rafael Ladeira, presidente da Associação Aliança Verde, que conseguiu autorização para o cultivo de cannabis orgânico, após três anos de judicialização, destacou que restou comprovado que a atividade farmacológica resulta de ação sinérgica do fitocomplexo contido no vegetal. “O produto natural se mostrou melhor que os remédios”, resumiu. Enquanto o biólogo Fabian Borghetti, professor da UnB, versou, entre outros aspectos, sobre a estrutura e a utilização, para desmistificar a aplicação de uma “planta versátil, com grande histórico de uso medicinal”.
Benefícios
Sobre essa questão, Maurício Fiorenza, subsecretário de Logística da Secretaria de Saúde, informou que a pasta, em fevereiro passado, lançou, sem sucesso, um processo de aquisição de medicamentos à base de cannabis. “Não houve interesse de quem estava vendendo”, lamentou. Esses remédios são distribuídos, notadamente, a pessoas que ganharam na justiça o direito ao acesso. “Os judicializados deveriam ser exceção, mas viraram regra”, analisou.
Após ouvir os dirigentes governamentais, o deputado Max Maciel anunciou que irá solicitar informações à secretaria para descobrir se um dos entraves ao acesso é orçamentário, “porque, neste caso, poderemos sugerir emendas para suprir o déficit”.
Agência CLDF
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