Obra do gênero falso documentário será lançada em evento na Praça Tuiuiú, em Águas Claras – um dos locais em que foi gravada Um programa d...
Obra do gênero falso documentário será lançada em evento na Praça Tuiuiú, em Águas Claras – um dos locais em que foi gravada
Um programa de governo que recicla e reutiliza almas de cidadãos falecidos em construções e aprimoramentos da paisagem urbana. Eis o mote do curta-metragem Nada se Perde, produzido pela Rodô Audiovisual com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).
A obra, do gênero falso documentário, estreia na próxima sexta-feira (14), na Praça Tuiuiú, em Águas Claras – região que serviu de cenário para as gravações. O evento de lançamento terá três exibições do filme – às 19h30, 20h30 e 21h30. Os intervalos serão comandados por um DJ, e no estacionamento da praça estarão disponíveis food trucks.
O diretor Renan Montenegro revela que o filme estreará no local em que foi produzido para que a população tenha a oportunidade de mergulhar na história. “É uma forma de permitir que as pessoas tenham experiência de imersão na obra, gravada ali, no mesmo local em que estarão assistindo”, explica.
Montenegro também ressalta a importância do FAC para a execução do projeto: “Trata-se de um mecanismo importantíssimo e determinante para a classe cultural de Brasília. A maior parte dos projetos culturais, de todas as linguagens, não só do cinema, recebem o fomento”.
A história do curta surgiu em 2015, a partir de observações do roteirista Igor Z. Cerqueira sobre a infraestrutura do Distrito Federal, sobretudo das regiões de Águas Claras e Taguatinga. “Andava por aí reparando em detalhes esquisitos, como calçadas rachadas, postes tortos, manchas embaixo de viadutos, e comecei a imaginar as pessoas reencarnando nessas coisas”, conta Cerqueira.
Trata-se de um mecanismo importantíssimo e determinante para a classe cultural de Brasília. A maior parte dos projetos culturais, de todas as linguagens, não só do cinema, recebem o fomento”
Para o roteirista, trata-se de um filme que, apesar de à primeira vista poder ser considerado “absurdo”, aborda a realidade. “Estamos trabalhando com coisas que estão no mundo real, não construímos o cenário”, destaca. “É literal, o que está lá é o assunto do filme, não é um enigma. Quem anda em Águas Claras e qualquer outra cidade vai entender. Tem a ver com o jeito de como as cidades estão sendo feitas e crescendo.”
Com informações da Agência Brasília
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