CESC discute direito à saúde e à cidadania

  A reunião ordinária da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa desta segunda-feira (24) foi transformada em reu...

 

A reunião ordinária da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa desta segunda-feira (24) foi transformada em reunião pública para debater o direito à saúde e à cidadania no Distrito Federal. Além do presidente da CESC, deputado Gabriel Magno (PT), e da vice-presidente da comissão, deputada Dayse Amarilio (PSB), também participaram representantes de usuários do Sistema Único de Saúde, representantes dos trabalhadores da saúde, professores e servidores da Secretaria de Saúde do DF.

O deputado Gabriel Magno aproveitou a ocasião para cobrar do Governo do Distrito Federal a construção de novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). “Quase todos os anos esta Casa tem solicitado a construção de novos CAPS, mas infelizmente os projetos não saem do papel. Precisamos reestruturar a rede de atenção psicossocial do DF”, afirmou.

Dayse Amarilio destacou as dificuldades orçamentárias da pasta da saúde. “Um dos maiores desafios da saúde passa pela questão orçamentária. Tivemos incremento de quase 42% no fundo constitucional, mas a saúde não recebeu aumento nesta proporção. Em 2023, temos a sinalização de diminuição no investimento na saúde. Hoje, temos mais aplicação de dinheiro do fundo constitucional e menos do orçamento do GDF”, alertou.

Representando os usuários do SUS, Vera Lúcia Bezerra da Silva lembrou que “somos todos usuários do sistema e a solução para as dificuldades de pacientes, trabalhadores e gestores depende do esforço conjunto de todos esses segmentos”. Para a presidenta do Conselho de Saúde do DF, Jeovânia Rodrigues, é preciso retomar o objetivo original da atenção primária à saúde. “A cobertura da atenção primária no DF é baixa e não consegue ser resolutiva. Atua mais em pequenas emergências do que na prevenção e acompanhamento de pacientes crônicos. Doenças que podiam ser diagnosticadas precocemente estão sendo agravadas pelo estrangulamento da atenção primária”, apontou.

Falando em nome do Sindicato dos Enfermeiros do DF, Jorge Henrique destacou o enorme absenteísmo entre trabalhadores da saúde. “Os trabalhadores estão cada vez mais adoecidos em seus postos de trabalho. Muitos sofrem pelas condições de trabalho”, afirmou. Representando a Secretaria de Saúde, a diretora de Serviços de Internação, Bianca Souza Lima, garantiu que o governo está trabalhando para melhorar os serviços públicos de saúde. “Já temos o edital para a construção do novo hospital regional do Guará, estamos fazendo mutirão de cirurgias eletivas para resolver o problema da espera e vamos fazer mais concursos públicos para preencher os cargos”, prometeu.

 Agência CLDF