Para o ex-comandante de operações da PM, que está preso, o acampamento era o “epicentro de todos os atos” golpistas De acordo com o ex-com...
Para o ex-comandante de operações da PM, que está preso, o acampamento era o “epicentro de todos os atos” golpistas
De acordo com o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do DF, Jorge Eduardo Naime, o Exército protegeu os terroristas após a invasão da sede dos três poderes, no dia 8 de janeiro. Em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, nesta quinta-feira (16), ele relatou que, no momento da prisão dos que voltavam da Esplanada, a PM se deparou com uma “linha de choque montada com blindados e, por interessante que parecesse, eles não estavam voltados para o acampamento. Eles estavam voltados para a PM, protegendo o acampamento”.
Para ele, que está preso, o acampamento era o “epicentro de todos os atos” golpistas. “O tenente que era o oficial de dia no QG queria impedir que a gente prendesse as pessoas no gramado que fica ao lado da via N1. O argumento foi que o local era uma área do Exército e que a PM não poderia atuar. Presenciei o [interventor Ricardo] Cappelli tentando entrar e o general Dutra não permitindo”, relatou, sobre a tentativa de prisão no acampamento em frente ao QG.
Mundo paralelo
Para o ex-comandante, “aquele pessoal” do acampamento vivia “num mundo paralelo”, numa “espécie de seita”. Ele relatou que um dos integrantes se apresentou a ele como um dos extraterrestres que ajudariam o Exército no esperado golpe de estado. Ainda de acordo com Naime, eles viviam “numa bolha”, com acesso restrito à informação.
Agência CLDF
Nenhum comentário