A ex-deputada distrital Arlete Sampaio (PT) esteve presente e destacou o papel das mulheres no período político recente A Câmara Legislati...
A ex-deputada distrital Arlete Sampaio (PT) esteve presente e destacou o papel das mulheres no período político recente
A Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou, na noite da última quinta-feira (09), audiência pública para tratar da luta das mulheres por direitos na capital federal. Em um gesto de deferência a elas, o autor da iniciativa, deputado Gabriel Magno (PT), abriu mão de presidir a audiência e acompanhou do plenário todo o debate. Em seu lugar, conduziu a audiência pública a militante do Partido dos Trabalhadores, Ludmila Brasil.
Representando a Marcha das Mulheres, Vanessa Sobreira trouxe para a discussão pautas concretas das mulheres trabalhadoras de Brasília, como a exigência de mais creches públicas. “O GDF precisa construir 100 creches para zerar a fila hoje, mas no momento só estão previstas mais 40”, reclamou.
Alessandra Farias, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ressaltou a luta das trabalhadoras rurais e lembrou que há um assentamento do MST no Distrito Federal batizado de “Assentamento 8 de Março”. “Esse não é um dia de comemoração, mas um dia de luta. Estamos no acampamento 8 de março produzindo, denunciando grilagem e preservando uma das maiores bacias de água doce do país”, afirmou.
Representando o Movimento das Populações de Rua, Joana Bazílio trouxe para o debate a difícil situação das mulheres sem teto. “A mulher em situação de rua nunca é incluída nas políticas públicas para as mulheres. Nós não existimos para o Estado. A sociedade finge que não enxerga a mulher em situação de rua. Uma mulher em situação de rua, quando é assassinada, não é vítima de feminicídio. É simplesmente consequência do uso de álcool e drogas. Nós queremos pertencer à sociedade e ter nossos direitos reconhecidos”, exigiu.
Taísa Magalhães, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), saudou as políticas públicas em defesa das mulheres, mas cobrou prestação de contas do governo sobre os resultados dessas políticas. “Como é investido o dinheiro que é destinado para proteger as mulheres? Precisamos de uma análise qualitativa para saber quais foram os resultados dos investimentos”, observou.
A ex-deputada distrital Arlete Sampaio (PT) esteve presente e destacou o papel das mulheres no período político recente. “Durante quatro anos estivemos na resistência absoluta aos desmandos e retrocessos. A masculinidade tóxica vinha se expressando livremente. Mas temos agora um ponto de inflexão, que foi o ato em que o presidente Lula assinou diversas medidas destinadas a melhorar a vida das mulheres”, afirmou Arlete. Também marcou presença a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que endossou as palavras da colega ao pontuar que “fomos nós, as mulheres, que derrotamos Bolsonaro”.
Agência CLDF
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