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CPI define cronograma de oitivas para o mês de março

  O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante, garante que o colegiado vai "fundo com a investigação" A Comissão Parlamentar de ...

 

O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante, garante que o colegiado vai "fundo com a investigação"

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos já tem o cronograma oficial de oitivas para serem realizadas durante o mês de março. No total estão marcadas tomadas de oito depoimentos. O primeiro será no próximo dia 2, logo após o carnaval, quando será ouvido o ex-secretário executivo e secretário Adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF Fernando de Souza Oliveira. No mesmo dia, os deputados distritais que integram a comissão também ouvirão a ex-subsecretária de inteligência da mesma pasta, Marília Ferreira Alencar.

No dia 9 de março, será a vez da oitiva do ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, que será o único depoente do dia – e cujas declarações estão sendo consideradas algumas das mais importantes para a elucidação de diversos pontos sob investigação pela CPI.

Coroneis e ex-secretário

No dia 16, serão ouvidos os coronéis Jorge Eduardo Naime e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues. E no dia 23, o ex-secretário de Segurança Pública do DF que ocupou o cargo até o início de dezembro do ano passado, Júlio de Souza Danilo e o tenente-coronel da Polícia Militar do DF Jorge Henrique da Silva Pinto. O encerramento das tomadas de depoimento de março será feito no dia 30, com a oitiva do ex-comandante da Polícia Militar do DF coronel Fábio Augusto Vieira. Após essa etapa, os parlamentares vão definir as datas dos próximos convidados e convocados para a comissão.

A CPI também autorizou, ontem, requerimentos que já estão sendo enviados para os devidos órgãos e que pedem, entre outros itens, compartilhamento de todas as informações sobre os atos antidemocráticos de 12 de dezembro e de 8 de janeiro que estão sendo investigados pela Polícia Civil com a comissão, a quebra do sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de Anderson Torres e envio, pela Polícia Militar do DF à  CPI, da relação de todos os policiais que estavam designados para o acompanhamento dos manifestantes em 8 de janeiro.

 


A data da convocação de Antônio Cláudio Alves ainda não foi marcada, uma vez que o suspeito de quebrar o relógio francês do século XVII no Palácio do Planalto está preso em outro estado. Devido a questões logísticas de deslocamento para o DF e de decisão da data pela vara de execução penal, a oitiva ainda não tem dia definido, devendo acontecer em abril.
 

 

Imagens e dados

Os integrantes da comissão solicitaram, ainda, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, arquivos e imagens internas e externas referentes aos atos do dia 8 de janeiro, e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a disponibilização dos alertas feitos à secretaria de Segurança Pública do DF sobre os riscos da manifestação no dia 8 de janeiro.  

Por fim, os parlamentares pediram, ainda, à corregedoria da PMDF, o compartilhamento de todas as informações sobre as investigações internas, bem como a ordem de serviço detalhada com a organização, a convocação e a distribuição de policiais militares que trabalharam nos dias dos fatos sob apuração.

Foco nas apurações

A CPI tem como presidente o deputado distrital Chico Vigilante (PT) que já iniciou os trabalhos dando um recado aos colegas que não concordam com as investigações. “Não usaremos este espaço para cometer injustiças nem entrar em searas que não são nossas. Vamos cumprir o que diz o regimento desta Casa legislativa e o que determina a Constituição, mas vamos a fundo com a investigação de todos os fatos”, frisou ele. 

O deputado também afirmou que tem visto parlamentares fazerem defesas públicas e chamarem de “coitadinhos” aqueles que estão presos, por terem participado dos atos de depredação do dia 8 de janeiro. “Na hora de depredar e praticar os vandalismos que praticaram, essas não eram nada ‘coitadinhas’. Ou será que estamos esquecidos daquela figura chamada ‘Dona Fátima’, que apareceu num vídeo chamando a todos para ‘quebrar tudo e depois pegar o Xandão’. Pode ser chamada de ‘coitada’ uma pessoa dessas?”, questionou. 

Com informações da assessoria de imprensa do deputado Chico Vigilante

Agência CLDF

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