Programação do ano prevê nove encontros com produtores, e já começa no próximo mês A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri...
Programação do ano prevê nove encontros com produtores, e já começa no próximo mêsA Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri) iniciará, no mês de fevereiro, um novo ciclo de cursos que abordam técnicas de piscicultura para produtores do DF e Entorno. Os encontros ocorrerão na Granja Modelo do Ipê, no Park Way, e estão distribuídos ao longo de todo o ano.
Para 2023, a proposta da pasta é tornar a iniciativa mais dinâmica e atrativa para os produtores. No ano passado, as capacitações foram realizadas em formato semanal com uma temática global sobre a piscicultura. “Este ano vamos focar em temas específicos em forma de minicursos com teoria e prática, e, assim, os produtores poderão passar um dia inteiro com a gente na Granja do Ipê aprendendo técnicas e tecnologias na área”, explica o gerente de Tecnologia Agropecuária da Seagri, Ângelo Costa.
Atualmente, o DF possui o terceiro maior mercado consumidor de pescados do país. No entanto, a produção interna não é suficiente para suprir a demanda. “Nós estamos investindo muito na piscicultura, pois acreditamos ser uma atividade de bom desempenho e que pode ser consorciada através do uso dos resíduos dos peixes como biofertilizante, possibilitando que as pequenas propriedades obtenham autonomia financeira”, frisa Costa.
Início dos cursos
O ciclo de encontros começa no dia 14 de fevereiro, com o minicurso sobre a produção de peixes em sistemas de recirculação de água. “Os sistemas de recirculação de água são mais sustentáveis para produzir peixes, porque praticamente não utilizam água nova. Os resíduos gerados são filtrados e a água retorna limpa para os tanques de cultivo. Geralmente, a produção ocorre dentro de estufas, e por isso a perda por evaporação de água é menor”, detalha o gerente.
Os sistemas de recirculação usam uma técnica de filtragem biológica, na qual microrganismos atuam na remoção de compostos nitrogenados. Normalmente, exigem uma renovação de apenas 5% a 10% de água, com uma densidade de estocagem dez vezes maior do que outros sistemas, como o de viveiro escavado.
Os sistemas, porém, exigem maior investimento em tecnologia e custos com energia elétrica, pois necessitam de bombas e aeradores funcionando 24 horas ao dia. “Eles já são utilizados no mundo inteiro há muitos anos, e países como Alemanha e Canadá têm se destacado no cenário mundial utilizando essa tecnologia. Aqui, no Brasil, ainda não é tão utilizado, mas é considerado o futuro da piscicultura devido à questão da sustentabilidade”, destacou Costa.
Com informações da Secretaria da Agricultura
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