Meus sentimentos aos amigos e familiares da nossa grande e eterna Isabel. Que sua passagem possa servir de alerta para tanta gente, hoje, ...
Meus sentimentos aos amigos e familiares da nossa grande e eterna Isabel. Que sua passagem possa servir de alerta para tanta gente, hoje, necessitada de luz
Ao voltar para Belzonte, ainda tocado pela satisfação da experiência, me deparei com o trânsito interrompido à Avenida Raja Gabaglia. Já era noite e chovia muito, mas, ainda assim, um grupo de manifestantes insistia em se manter alheio à vida real, focado exclusivamente em seu mundo egoísta e egocêntrico, esquecendo-se, inclusive, do feriado.
Peguei-me pensando no que perderam aquelas pessoas, que deixaram de curtir o dia de folga ao lado dos amigos, da família, lendo livros ou assistindo à alguma série, enfim, dedicando o tempo vago ao lazer, ao desfrute e não somente ao exercício do ódio. Sim. Ninguém ali está fazendo outra coisa, senão odiar.
Eles odeiam Lula, odeiam nordestinos, odeiam “comunistas” (termo que abrange tudo que não idolatre o extremismo bolsonarista), odeiam, talvez, a própria existência.
Há dois dias, Isabel fora convidada a participar da equipe de transição do novo governo eleito. Estava bem, feliz, com a saúde em dia. Em menos de 48 horas, o que parecia ser uma “vida privilegiada”, chegou ao fim de forma brutal. Não houve médico (dos melhores), hospital (dos maiores) e medicamentos (dos mais eficazes) capazes de evitar o pior.
Iniciei este texto falando da minha crença sobre “não aprender na dor”. Posso parecer paradoxal, ou contraditório, mas não há como eu não relacionar tão triste fato aos movimentos sociais e políticos que temos experimentado nos últimos meses. Se a vida é frágil e breve — e ela é! —, por que não vivê-la de forma e maneira mais úteis?
Por que interromper uma festa, brigando por política e políticos? Por que romper relações afetivas em nome de crenças e desejos unilaterais? Por que deixar para amanhã a troca de afeto, ou a reconciliação, de hoje? Por que infernizar a vida de moradores, estudantes e trabalhadores do Gutierrez e região, se “uma bactéria” nos levará para o mesmo lugar?
Saiam daí, meus caros! Há uma vida para ser vivida. Meus sentimentos aos amigos e familiares de Isabel Salgado, a nossa grande e eterna Isabel, do vôlei. Que sua passagem possa servir de alerta para tanta gente, hoje, necessitada de luz (não a de cunho espiritual, mas a de cunho terreno mesmo, no sentido de sabedoria). Para mim, já serviu.
Com informações do CB
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