O professor da UnB, Frederico Flósculo Barreto, explica que o PPCUB é a gestão do título de Patrimônio Cultural da Humanidade concedido pe...
O professor da UnB, Frederico Flósculo Barreto, explica que o PPCUB é a gestão do título de Patrimônio Cultural da Humanidade concedido pela Unesco
A Câmara Legislativa debateu o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), com foco na Vila Planalto, em audiência pública na tarde desta sexta-feira (11), no plenário, com transmissão ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube.
A mediadora do evento, deputada Júlia Lucy (União Brasil), considerou que o PPCUB, no que tange à Vila Planalto, merece reflexão especial uma vez que o local tem características distintas do restante do Plano Piloto, com vida econômica própria. De acordo com o PPCUB, a Vila Planalto é classificada como área de interesse cultural, o que significa, enfatizou Lucy, que se trata de um bem cultural tombado.
Em resposta, a representante da Seduh, Patrícia Fleury, afirmou que seria “precipitado e incipiente” trazer na minuta do PPCUB a questão do parque porque não há levantamento completo das ocupações, mas garantiu que serão feitos estudos futuros sobre o assunto. Em outro ângulo, Fleury destacou que o PPCUB contemplou a demanda do segundo pavimento, além dos usos diversificados na Vila Planalto.
Por sua vez, a administradora do Plano Piloto, Ilca Teodoro, entende que o parque urbano da Vila Planalto não deva ser tratado no PPCUB, instrumento que “fornece diretrizes de como a cidade pretende se desenvolver e não entrar em minúcias” a fim de não atrasar a análise do próprio plano, ao lembrar ainda que há uma legislação específica local que trata de parques. Teodoro argumentou que o tombamento de Brasília não é arquitetônico, mas sim urbanístico, o que visa “preservar as características originais como plano piloto”.
Desenvolvimento Humano
Para o professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), Frederico Flósculo Barreto, o PPCUB é a gestão de um título dado à cidade pela Unesco, a de Patrimônio Cultural da Humanidade, que vem com atraso de 35 anos. Desse modo, a pressa de agora ocorre em função desse atraso. Segundo o professor, as dimensões históricas e de memória não estão contempladas no PPCUB, instrumento que se restringiu à questão imobiliária e de uso do solo. “Preservação é desenvolvimento humano”, defendeu.
Ao término do encontro, Lucy sugeriu a criação de um grupo de trabalho para apresentar emendas ao PPCUB. Nesta quarta-feira (9), o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus de Oliveira, explanou sobre o plano em visita à Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) da Câmara Legislativa.
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Franci Moraes - Agência CLDF
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