A mídia tem um papel importante na construção de uma sociedade democrática, e na criação de debates a respeito de questões culturais, sociai...
A mídia tem um papel importante na construção de uma sociedade democrática, e na criação de debates a respeito de questões culturais, sociais, econômicas, ambientais, entre outras, relacionadas à esfera pública. A partir da compreensão que as notícias produzidas e divulgadas pelos veículos de comunicação interferem diretamente na forma como a população pensa, dissemina e toma decisões importantes para o bem viver individual e coletivo, é preciso refletir como o jornalismo pode pautar as eleições através das discussões de emergência climática.
Para contribuir no diálogo de como o jornalismo pode pautar as eleições a partir de um olhar atento às questões climáticas, a 31ª Edição Redação Aberta, terá como tema “Eleições e emergência climática: como cobrir?” e contará com a participação de Rodrigo Santos, porta-voz da campanha de Clima e Justiça do Greenpeace e Ester Athanásio, assessora de comunicação e políticas públicas do Instituto Talanoa. A oficina acontecerá de forma virtual, no dia 30 de agosto, das 10h às 11:30, os interessados e as interessadas podem se inscrever pelo link: bit.ly/redacao31.
Cobertura eleitoral X Mudanças Climáticas - O período eleitoral representa um campo fértil para discutir os assuntos complexos que cercam as mudanças climáticas. Durante o Governo Bolsonaro, houve o desmatamento de quase 57% da floresta amazônica, sendo principalmente a partir do garimpo e do agronegócio. Pesquisas no IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) com base nos dados do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), analisaram que o desmatamento na Amazônia registrou recorde nos seis primeiros meses de 2022. De janeiro a junho a derrubada acumulou 3.988 km², sendo 80% maior que a média de área desmatada no mesmo período em 2018, antes da gestão atual do governo.
De acordo com a publicação da MapBiomas, divulgada em julho, entre 2020 e 2021, houve um aumento de desmatamento em todos os biomas brasileiros. Em termos de área, os maiores aumentos ocorreram na Amazônia (126.680 ha) e no Cerrado (83.981 ha), enquanto que em termos proporcionais, ocorreram na Caatinga (88,9%) e no Pampa (92%). Todo esse processo de desmatamento gera impactos climáticos e socioambientais no país.
Diante desse cenário, é urgente a necessidade de refletir e questionar: Quais são as coberturas territoriais que podem ajudar a população a exigir de seus candidatos cuidado com a emergência climática? Como o jornalismo local pode contribuir na identificação das propostas políticas que estão relacionadas com ações de mitigação e adaptação climática? Como essas propostas dialogam com os direitos dos povos e comunidades tradicionais que são os guardiões da biodiversidade brasileira.
Redação Aberta - Essa é a segunda vez que a temática da emergência climática é abordada no Redação Aberta. “Cobertura Local e Emergência Climática: como fazer?”, foi a discussão da edição 28ª, a partir das experiências das jornalistas Alicia Lobato(@alicialobatoo), da Amazônia Real, de Manaus, e Ariene Susui (@ariene_susui), jornalista indígena do povo Wapichana, de Roraima.
Redação Aberta é um espaço de oficinas onde jornalistas e cidadãos se reúnem para discutir questões, compartilhar recursos e conhecimento e aprender a relatar e investigar histórias em seus territórios. O programa é produzido pela Énois, em parceria com a City Bureau.
Serviço: Redação Aberta #31 -Eleições e emergência climática: como cobrir?
Quando: Dia 30 de agosto, das 10h às 11:30, via Zoom
Inscrição: bit.ly/redacao31
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