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Corrida ao Senado pelo DF não tem representantes pretos; 9 de 11 são brancos

  Se comparada a 2018, a falta de representantes pretos em 2022 pode ser considerada sistêmica: no último pleito, Marivaldo Pereira (PSol) f...

 


Se comparada a 2018, a falta de representantes pretos em 2022 pode ser considerada sistêmica: no último pleito, Marivaldo Pereira (PSol) foi o único candidato ao Senado a se declarar preto

Candidatos ao Senado pelo DF, da esquerda para a direita: Flávia Arruda (PL), Damares Alves (Republicanos), Rosilene Corrêa (PT), Pedro Ivo Mandato Coletivo (Rede), Dr. Carlos Rodrigues (PSD). Na linha de baixo: Elcimara (PSTU), Expedito Mendonça (PCO), Alexandre Bispo (PSDB), Marcelo Hipólito (PTB), Tenente Cel Souza Júnior (DC) e Joe Valle (PDT) - (crédito: TSE/Reprodução)

O Distrito Federal não tem nenhum representante preto na corrida para conquistar uma vaga no Senado Federal e representar a população distrital na casa legislativa. Dos 11 candidatos que se registraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a disputa, nove se declaram brancos e dois se consideram pardos

O cenário não faz jus ao percentual de pessoas pretas na população do Distrito Federal. Em 2018, data do último levantamento da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), a unidade federativa registrava 289.710 pessoas que se autodeclaravam pretos. O grupo representava quase 10,1% do total da população à época, de 2.881.854 habitantes.

Cinco de 22 suplentes ao Senado se consideram pretos

Cada candidato ao Senado Federal precisa apresentar, no mínimo, dois suplentes que substituirão o senador em caso de licença. Neste ano, portanto, são 22 que se colocaram nessa posição. Destes, apenas cinco se declararam pretos (22,7%); quatro se definiram como pardos (18,1%) e 13 como brancos (59%).

Exceto pelos suplentes de Rosilene Corrêa (PT) — ambos se declaram pretos —, todos os outros três de cor preta estão como segundos suplentes — ou seja, estão no fim da fila de substituição para representar o DF na casa de senadores.

Os suplentes exercerão o mandato no caso de licença — o primeiro suplente é convocado primeiro e, caso não possa, é acionado o segundo suplente — e poderão fazer uso de todos os benefícios e direitos do senador eleito, como o salário proporcional ao tempo de exercício, carro oficial, gabinete, auxílio-moradia, plano de saúde, entre outros.

Mulheres são minoria e mulher preta é única entre candidatos e suplentes

Ainda há um dado sobre as candidaturas ao Senado que revela um desequilíbrio entre a participação por gênero. Entre os candidatos, quatro são mulheres, ante sete homens. Em relação aos suplentes, apenas cinco são do gênero feminino e 17 são do masculino.

Em linhas gerais, ao todo, o DF tem 23 representantes homens ao Senado, contra nove mulheres. Ao falar de representatividade preta, apenas uma suplente é uma mulher preta, Mariana Rosa (PT), que está como primeira na fila de substituição de Rosilene Corrêa (PT)

Com informações do CB

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