Brasiliense perdeu para o Nova Venécia por 3 x 1 no jogo de ida da competição nacional e terá de reverter a desvantagem na partida de volt...
Brasiliense perdeu para o Nova Venécia por 3 x 1 no jogo de ida da competição nacional e terá de reverter a desvantagem na partida de volta. Em 13 anos de Série D, somente oito clubes tiveram êxito na missão de virar após serem derrotados por dois gols
Desde 2009, quando a Série D do Brasileirão foi adicionada no calendário nacional, 51 confrontos do mata-mata (entre a segunda fase e final) terminaram com um dos times vencendo por dois gols, mesma margem da vitória do Nova Venécia-ES diante do Brasiliense. No histórico, somente oito conseguiram a remontada desejada pelo Jacaré: a Jacuipense-BA, o Itabaiana-BA e o Brusque-SC, todos em 2019; o Guarany de Sobral-CE e o Globo-RN, ambos em 2017; outra vez o Itabaiana-BA, em 2016; o Botafogo-PB, em 2015; e o Cianorte-PR, em 2013, são os exemplos a serem seguidos pelos candangos.
Os melhores exemplos para o Brasiliense seguir no próximo domingo (31/7), às 15h30, no Estádio Abadião, foram protagonizados por Cianorte-PR e Itabaiana-BA. Em 2013, os paranaenses levaram os mesmos 3 x 1 do Juventude na ida. Em seus domínios, ganharam por 3 x 0 e ficaram com a vaga. Em 2019, os baianos perderam por 2 x 0 para o Asa como visitantes. Em casa, aplicaram 4 x 1 e se classificaram. Todos os demais precisaram dos pênaltis ou do extinto gol qualificado para confirmar a remontada. O feito, inclusive, não acontece há três anos, quando o Brusque reverteu uma desvantagem sobre o Ituano.
Dono da segunda melhor campanha na primeira fase da Série D do Brasileirão, o Brasiliense está longe de jogar a tolha na briga por um lugar nas oitavas de final. A atual edição, inclusive, é um celeiro de exemplos do que fazer. Nas primeiras 14 partidas na competição nacional, o Jacaré venceu quatro adversários pelo placar necessário contra o Nova Venécia-ES: Anápolis-GO, Ação-MT, Operário-MS e Grêmio Anápolis-GO perderam para o time amarelo por 2 x 0, placar válido para levar o duelo contra os capixabas, ao menos, para as penalidades máximas.
Um fator complicador da missão também está no desempenho do Nova Venécia-ES na primeira fase da quarta divisão nacional. Nos 14 compromissos iniciais na competição nacional, o time capixaba perdeu somente duas vezes, mas nenhuma por dois ou mais gols de diferença: tropeçou contra o Real Noroeste-ES, por 1 x 0, e Inter de Limeira, por 2 x 1, ambas fora de casa. O Tricolor do Norte, inclusive, chega para o confronto contra o Brasiliense gabaritado por confrontos de peso na etapa anterior da Série D, quando duelou, por exemplo, com o Pouso-Alegre, o Bahia de Feira-BA e a Ferroviária-SP.
Poderia ser pior…
A situação do Brasiliense na Série D do Campeonato Brasileiro após o jogo de domingo (24/7) ficou complexa. Porém, o time poderia ter voltado para o Distrito Federal em condição ainda mais desfavorável. O relógio marcada 45 minutos do segundo tempo. O placar estava 3 x 1 para o Nova Venécia e o goleiro Edmar Sucuri fez uma defesa impressionante em chute à queima-roupa de Junior Ramos, impedindo o quarto dos capixabas e uma desvantagem jamais revertida. Nas 21 vezes que algum time venceu a ida do mata-mata por três ou mais gols, em nenhum caso houve reação do adversário.
O regulamento da Série D do Brasileirão também deixa o Brasiliense mais tranquilo para tentar buscar a virada contra o Nova Venécia. Como não o gol fora de casa não é mais utilizado como critério de desempate, o Jacaré não terá de marcar ainda mais caso seja vazado no Abadião. Em anos anteriores, o Globo-RN, o Friburguense-RJ e o Mixto-MT até conseguiram vencer pela diferença necessária, mas sofreram gols dos rivais como mandante e acabaram eliminados. Ypiranga de Erechim-RS e Mirassol-SP tiveram experiências de devolver o placar da ida, mas caíram nas cobranças de pênaltis.
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