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Serviços de saúde mental no DF são tema de conferência

  Encontro distrital reúne usuários, gestores e trabalhadores desses serviços para discutir direcionamento das políticas públicas sobre o te...


 Encontro distrital reúne usuários, gestores e trabalhadores desses serviços para discutir direcionamento das políticas públicas sobre o tema

No cenário pós-isolamento imposto pela pandemia da covid-19, onde houve aumento do número de transtornos de saúde mental, a Secretaria de Saúde promove, nesta semana, a 3ª Conferência Distrital de Saúde Mental. Com o tema “A política de saúde mental como direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”, o evento teve início nesta quarta-feira (22) e continua nesta quinta (23).

De acordo com a diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Vanessa Soublin, a conferência dá voz aos usuários, gestores e aos trabalhadores dos serviços de saúde mental. E, com os resultados dos debates, são redirecionadas as políticas públicas para a área.

“No atual cenário, se faz ainda mais necessária essa discussão, pois já se espera as consequências para a saúde mental da população a médio e longo prazos, principalmente para as crianças, com aumento da procura nos serviços”, explica Vanessa Soublin.

Segundo a diretora, os serviços de saúde mental foram essenciais durante a pandemia, funcionaram o tempo todo, com algumas adaptações quando os grupos não podiam acontecer em razão das orientações sanitárias. “Bem no início até houve uma queda na procura. Mas, depois disso, percebemos um grande e constante aumento na procura, que se mantém até hoje”, informou Vanessa.

A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destaca a importância do debate e de uma construção coletiva de deliberações | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Ao participar da abertura do evento, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ressaltou a importância do debate e de uma construção coletiva de deliberações, com a opinião de todos que compõem a Rede de Atenção Psicossocial. “Estamos finalizando as tratativas para contratação de mais dez médicos psiquiatras para atuarem nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps)”, anunciou.

A secretária também explicou que pretende avaliar internamente médicos de família que possuem especialização, para atuarem em áreas específicas onde há maior demanda.

A gestora pontuou que os usuários dos serviços de saúde mental precisam de humanização em seu atendimento, além de cuidados junto a uma equipe multidisciplinar, que permita o acesso às terapias, grupos de ressocialização, terapia ocupacional, assistência social e psicológica. “Não é só indicar medicamentos para esses usuários, é tratá-los de maneira efetiva, com humanização no cuidado”, salientou.

A 3ª Conferência Distrital de Saúde Mental segue até esta quinta-feira (23)

Representando os usuários, Luciana Claudino afirmou que a 3ª Conferência é um marco para todos que necessitam dos serviços de saúde mental no DF. “Fico feliz em representar todos os usuários neste evento. Dessa maneira, podemos externar todas as demandas e anseios.”

Fátima Rôla, representante do Conselho de Saúde do DF, reafirmou que o compromisso do órgão é priorizar as principais deliberações, com decisões imediatas. “Iremos correr atrás do que for definido e agilizar o que for possível.”

Números do DF

Hoje, o Distrito Federal possui uma Rede de Atenção Psicossocial articulada para atender as demandas de saúde mental. Para situações de crises agudas, a rede de saúde oferece atendimento nas portas de urgência e emergência hospitalares e leitos de saúde mental que dão retaguarda clínica aos Caps. Hoje, há leitos de saúde mental no Hospital de Base e no Hospital São Vicente de Paulo.

A Secretaria de Saúde conta com 18 Caps, distribuídos pelas sete Regiões de Saúde do DF. Os centros são serviços especializados de saúde mental inseridos na comunidade e que funcionam de porta aberta, ou seja, não é necessário encaminhamento para ser acolhido neste serviço.

Em todo o ano de 2021 foram realizados 126.200 procedimentos nos Caps. Neste ano, de janeiro até abril, foram feitos 57.728 procedimentos.

“Pacientes com sofrimentos mentais graves e persistentes, ou com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras substâncias chegam aos serviços de saúde com uma vulnerabilidade maior. É tarefa do Caps garantir o cuidado dos casos graves e persistentes, fazendo o trabalho intersetorial necessário à melhora da qualidade de vida, saúde e efetiva reinserção social”, explicou a diretora de Saúde Mental, Vanessa Soublin.

Para conhecer mais sobre o trabalho dos Caps clique aqui.

Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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