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Contra a pressão alta, manter a disciplina é a melhor conduta

  O Dia Mundial da Hipertensão, comemorado neste 17 de maio, conscientiza a população para os riscos da doença; no DF, um centro especializa...


 O Dia Mundial da Hipertensão, comemorado neste 17 de maio, conscientiza a população para os riscos da doença; no DF, um centro especializado ajuda pacientes no controle da enfermidade

Manter o peso adequado, praticar atividades físicas, evitar o abuso de sal. Quem tem problemas de pressão alta sabe que a disciplina é fundamental para o controle da doença. Neste 17 de maio, é comemorado o Dia Mundial da Hipertensão, condição que afeta mais de 30% da população adulta em todo o mundo. A doença é o principal fator de risco para acidentes vasculares cerebrais, doenças renais crônicas e insuficiência cardíaca.

No Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), o atendimento abrange casos de hipertensão moderada a grave e diabetes | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília

No Distrito Federal, o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) atende os casos mais complexos da enfermidade. A unidade, localizada na Asa Norte, recebe cerca de 120 pacientes por mês, encaminhados de outros serviços da Secretaria de Saúde (SES). São pessoas que, pela dificuldade de controlar a pressão, precisam de atenção especial.

“Acompanhamos o paciente até que a situação esteja estabilizada. Só então ele volta ao serviço base da Secretaria de Saúde”

Rômulo Alzuguir, cardiologista do Cedoh

Quando é de fácil controle, a doença pode ser tratada por clínicos gerais e médicos da família”, explica o cardiologista Rômulo Alzuguir, do Cedoh. “No centro especializado, recebemos pacientes que sofrem de hipertensão moderada a grave, além de hipertensos portadores de outras doenças, como diabetes.”

O tratamento no Cedoh começa com o acolhimento e o exame clínico dos pacientes. “Geralmente, fazemos um ajuste na medicação e, se necessário, encaminhamos para nutricionista, psicólogo, assistente social”, comenta Rômulo. “Acompanhamos o paciente até que a situação esteja estabilizada. Só então ele volta ao serviço base da Secretaria de Saúde.”

Moradora de Samambaia Sul, a pensionista Zélia Maria Lisboa, 63 anos, foi encaminhada para o centro porque a pressão insistia em se manter elevada, apesar dos remédios. “Nas consultas com a nutricionista, entendi que preciso perder peso para controlar minha doença”, ressalta. “Também farei atividades físicas com mais frequência, a disciplina é importante.”

Sobre a doença

A hipertensão é uma condição crônica, não transmissível, caracterizada pela alta pressão arterial. Na maior parte dos casos, tem origem em aspectos genéticos. Mas também pode ser provocada por fatores comportamentais, como obesidade e tabagismo, e por doenças que afetam a tireoide ou os rins.

Referência Técnica Distrital (RTD) de cardiologia da Secretaria de Saúde, a médica Rosana Costa Oliveira explica que a hipertensão arterial sistêmica é uma doença frequente, de prevalência crescente no Distrito Federal, no Brasil e no mundo. “Em 2010, a prevalência de adultos com hipertensão era de 23% e em 2019 atingiu 28,5%, o que reflete aumento em torno de 22%”, diz.

Algumas pessoas chegam a sentir uma indisposição quando a pressão está muito elevada – pode ser uma dor de cabeça, um enjoo. Mas, no geral, a hipertensão é um mal silencioso, diagnosticado apenas por exame.

Foi em uma consulta de rotina que o aposentado Valdeci Ferreira Borges, 69, se descobriu hipertenso. “Eu tinha quase 40 anos quando fui fazer um checape e percebi que minha pressão estava muito alta”, conta. “Eu comia muita fritura, usava muito sal. Precisei mudar os meus hábitos radicalmente.”

Além de controlar a alimentação, quem sofre de hipertensão precisa abandonar o cigarro – caso seja fumante –, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e não fazer exercícios físicos sem orientação. “Precisei trocar o futebol na areia por caminhadas”, aponta Valdeci. “Sei que, se não estivesse me cuidando direitinho, estaria com a saúde muito pior.”

 

 

 

Arte: Agência Brasília

Com informações da Secretaria de Saúde

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