O crédito suplementar é em favor da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF Em sessão ordinária da Câmara Legislativa na tarde desta t...
O crédito suplementar é em favor da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF
Em sessão ordinária da Câmara Legislativa na tarde desta terça-feira (10), os deputados distritais aprovaram a abertura de crédito suplementar ao Orçamento do Distrito Federal no valor de R$ 504.897.965,00, em favor da Secretaria de Transporte e Mobilidade para o pagamento de despesas com o sistema de transporte público coletivo. O projeto de lei nº 2.539/2022, de autoria do Executivo, que prevê o repasse dos recursos para as empresas de ônibus, foi aprovado com 11 votos favoráveis e seis votos contrários.
Votaram contra os deputados Prof. Reginaldo Veras (PV), Leandro Grass (PV), Fábio Felix (Psol), Chico Vigilante (PT), Arlete Sampaio (PT) e Júlia Lucy (União Brasil). A proposta foi aprovada em dois turnos e redação final, segue agora para sanção do governador Ibaneis Rocha.
Os distritais também acataram uma emenda aditiva do deputado Chico Vigilante que destina R$ 70 milhões da suplementação orçamentária para a implantação e instalação do Centro Integrado de Controle do Sistema Público de Transporte Coletivo. De acordo com a justificativa do governo, os recursos para a suplementação são oriundos de excesso de arrecadação de tributos.
Já o deputado Fábio Felix ponderou que o governo em dezembro já sabia quanto o sistema iria custar e mesmo assim já solicita mais de meio bilhão de suplementação. Felix também criticou a qualidade do serviço oferecido à população. “É uma vergonha votarmos um projeto como esse na Câmara Legislativa. Temos que exigir uma planilha clara do sistema”, completou.
Tarifa técnica de R$1,18 bilhão
O deputado Chico Vigilante (PT) explicou que com a suplementação o valor real da tarifa técnica do sistema chegará a R$1,18 bilhão. “Se o sistema funcionasse, ninguém estaria reclamando. Mas estamos falando de uma frota velha que está caindo aos pedaços”, lamentou. Para o deputado Leandro Grass (PV) o projeto “é um escárnio”. Grass destacou que o GDF extinguiu o DFTrans e passou a fiscalização do sistema para o BRB, que atua sem nenhum tipo de controle. “O governo quer que a gente aprove meio bilhão a mais para as empresas de ônibus, mas ninguém tem certeza se este dinheiro é necessário e legal, nenhuma planilha ou dado foi apresentada”, argumentou.
Luís Cláudio Alves - Agência CLDF
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