Rafaela Felicciano/Metrópoles O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta segunda-feira (21/3), que se a economia brasileira “está rui...
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta segunda-feira (21/3), que se a economia brasileira “está ruim” sob o comando do ministro Paulo Guedes, ficaria “pior sem ele”.
Quem esperava que Paulo Guedes liberasse R$ 700 bilhões em plena pandemia? Um homem que é austero, sabemos disso. Às vezes, Paulo Guedes, quando alguém fala alguma coisa de você, a gente fala: ‘Se está ruim com o Paulo Guedes, pior sem ele’. E é o que nós temos. A lealdade de todos nós aqui para enfrentarmos esses desafios”, afirmou o chefe do Executivo federal durante festa no terceiro andar do Palácio do Planalto para comemorar seus 67 anos.
Mais cedo, o Banco Central informou que os analistas do mercado financeiro aumentaram de 6,45% para 6,59% a estimativa para a inflação neste ano. O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação deste ano em 3,5%.
De acordo com o BC, o mercado financeiro também elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 0,49% para 0,50%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
O aumento aconteceu após a divulgação de crescimento de 4,6% no PIB do ano passado, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2023, porém, o mercado baixou a expectativa de alta do PIB de 1,43% para 1,30%.
Vice mineiro
Na festa organizada no gabinete presidencial, Bolsonaro também lembrou que na manhã desta segunda anunciou que seu vice-presidente nas eleições deste ano será um mineiro. Durante o discurso de comemoração, ele brincou e citou duas possibilidades: Paulo Guedes, ministro da Economia, e Braga Netto, ministro da Defesa.
“Hoje eu falei que meu vice vai ser mineiro. Estou vendo aqui o Paulo Guedes e o Braga Netto”, declarou Bolsonaro, aos risos, durante festa no terceiro andar do Palácio do Planalto para comemorar seus 67 anos.
Também aos risos, Guedes abraça Braga Netto e diz, apontando para o general: “O mineiro é esse. O mineiro é esse”.
Mais cedo, em entrevista à Jovem Pan News, o presidente foi questionado se poderia confirmar Braga Netto como vice, o mandatário da República disse que precisa de um vice sem ambições políticas.
“Eu tenho que ter um vice que não tenha ambições de assumir a minha cadeira ao longo de um mandato. Por isso, posso adiantar que, hoje em dia, por coincidência, o vice é de Minas Gerais”, afirmou.
“Vou te dar mais uma dica: é nascido em Belo Horizonte. E fez colégio militar”, prosseguiu Bolsonaro.
Apesar de não ter cravado um nome, o presidente indicou que o atual ministro da Defesa deve acompanhá-lo na chapa presidencial.
Braga Netto nasceu em 11 de março de 1957, em Belo Horizonte. O hoje general também se formou no curso de cavalaria da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), na turma de 1978.
Ainda sem citar nominalmente Braga Netto, Bolsonaro disse que a imprensa tomará conhecimento do vice escolhido pela saída de ministros que vai ocorrer em abril.
A Justiça Eleitoral estabelece que ministros de Estado que desejem concorrer a cargos eletivos deixem seus cargos seis meses antes do pleito, ou seja, até 2 de abril. Entre as autoridades do governo, o único cotado a vice é o ministro da Defesa.
O chefe do Executivo federal já definiu que o atual vice, general Hamilton Mourão, não irá compor a chapa da reeleição. Mourão se filiou na semana passada ao Republicanos e pretende disputar a cadeira do Rio Grande do Sul ao Senado, contando com o apoio de Bolsonaro.
Com informações do Metrópoles
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