O Brasil foi um dos 141 países que votaram a favor da "deploração" dos atos da Rússia na Ucrânia Nesta quarta-feira (2/3), na r...
O Brasil foi um dos 141 países que votaram a favor da "deploração" dos atos da Rússia na Ucrânia
Vale lembrar que a palavra "condenar" foi retirada do texto proposto e substituída por "deplorar", uma referência ao Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, que prevê um possível recurso à força, também suprimido.
Na saída da assembleia, o representante brasileiro Ronaldo Costa Filho, falou sobre o voto do Brasil e também falou sobre o que a medida significaria. “A resolução não vai longe o suficiente em ressaltar que o fim das hostilidades é só um primeiro passo para atingir a paz”, explicou ele.
Segundo Ronaldo, para alcançar a paz novos passos precisam ser tomados. “A paz requer mais do que silenciar as armas e retirar as tropas. Requer trabalho amplo sobre preocupações de segurança das partes”.
Ele defendeu ainda que a única precondição que deveria acontecer seria um cessar-fogo imediato. “A resolução não pode ser vista como permissiva em relação à aplicação indiscriminada de sanções e do envio de armas. Essas iniciativas não são condizentes com a retomada do diálogo diplomático construtivo e geram risco de maior escalada das tensões, com consequências imprevisíveis”, declarou.
Justificativa chinesa
A China foi um dos 35 países a se abster de votar em “deploração” aos atos da Rússia na Ucrânia. O representante chinês, Zhang Jun afirmou que a resolução não considera a história e a complexidade da situação entre os dois países.
Segundo ele, para resolver a crise na Ucrânia é preciso abandonar a mentalidade da Guerra Fria e a lógica de garantir a segurança de um às custas da segurança dos outros. Ele também fez críticas às medidas e sanções impostas sobre a Rússia. “Exercer pressão cegamente, impor sanções e criar divisão e confronto só irá complicar mais a situação e resultar em um transbordamento rápido da crise, que afeta mais países”, disse ele.
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