Longa-metragem Coração de Fogo fala sobre a realidade vivenciada por uma menina que queria ser bombeira em Nova York. Ao Correio, Bombeira...
Longa-metragem Coração de Fogo fala sobre a realidade vivenciada por uma menina que queria ser bombeira em Nova York. Ao Correio, Bombeiras contaram que se sentiram representadas com os desafios enfrentados pela personagem
No entanto, pelas leis de Nova York da época, mulheres não poderiam ser bombeiras. O enredo do filme fala sobre essa questão do sonho da menina e da regra do estado não permitir. O filme vai mostrar a força feminina, de não desistir dos sonhos, de realizar as suas metas”, detalha. Ribeiro pontua que o objetivo também foi homenagear e mostrar a história vivida pelo próprio Corpo de Bombeiros do DF.
Durante a sessão, houve bombeiras que inclusive se emocionaram com o filme. Foi o caso de Márcia Amarílio, tenente-coronel do CBMDF, que acompanhou o filme com a filha, de 12 anos. “Nesse resgate da memória eu até me emocionei, porque foi aquilo mesmo que a gente vivenciou. Tenho 28 anos de serviço e sou da segunda turma de bombeiros daqui de Brasília. O que o filme retrata é o que a gente vivenciou há 28 anos atrás, as dificuldades da profissão, que requer muita atividade física e muito preparo psicológico”, avalia.
Márcia lembra que havia um certo “espanto” na inserção de mulheres dentro dos ambientes totalmente masculinizados. “A mulher dentro da corporação causava esse espanto, mas isso vem diminuindo com o tempo, com o ingresso contínuo da mulher. Dentro da corporação (do CBMDF) isso é trabalhado de forma bem intensa. Temos hoje 113 mulheres, o que representa 19% da nossa equipe. Mas temos em todos os níveis, do mais alto, de coronel, a posição menor. Ou seja, vencemos essas diferenças, e com o tempo, assumimos cargos e funções de maior relevância”, ressalta.
Mulheres guerreiras
Na avaliação de Thaís Mariano, soldado do CBMDF, foi muito gratificante participar da pré-estreia. “Foi um evento para homenagear e enaltecer essas mulheres guerreiras que saem de casa e deixam pais, filhos e cônjuges para servir a sociedade. Eu fui com as minhas sobrinhas, Isadora de 4 e Júlia de 7 anos. Elas ficaram super empolgadas. Em geral elas já são empolgadas por ter a tia bombeira”, revela.
Thaís avalia um cenário positivo para as mulheres dentro do CBMDF e do mercado de trabalho como um todo. “Acho que já quebramos uma barreira muito grande e a cada dia que passa estamos ganhando mais espaço dentro da corporação”, finaliza.
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