Saiba como a gestante deve procurar o acompanhamento na rede pública de saúde do DF O pré-natal tem papel fundamental para prevenção e/ou ...
Saiba como a gestante deve procurar o acompanhamento na rede pública de saúde do DF
O pré-natal tem papel fundamental para prevenção e/ou detecção precoce de doenças tanto da mãe quanto do bebê. Durante o acompanhamento, são realizados exames que visam detectar antecipadamente complicações e adotar ações que promovam o desenvolvimento saudável do bebê, bem como a redução dos riscos para a gestante.
Segundo a técnica de Saúde da Mulher Viviane Albuquerque, o ideal é que a mulher busque atendimento ainda quando estiver planejando a gravidez, para fazer uma avaliação geral das condições de saúde, receber orientações e verificar a necessidade de suplementar vitaminas, entre outros procedimentos.
“O indicado é que o pré-natal seja iniciado assim que se descobre a gestação – idealmente até a 12ª semana [três meses] de gestação. Nas unidades básicas de saúde, inclusive, é possível fazer o teste de gravidez para confirmar a gestação, caso ela ainda não tenha certeza. Assim, ela faz o teste e já pode iniciar o pré-natal”, orienta Viviane.
O pré-natal está disponível em todas as unidades básicas de saúde do Distrito Federal
Foi assim com a cabeleireira Bárbara Antunes da Silva, 34 anos, que está na sexta semana de gestação. Logo que descobriu a gravidez, ela foi até a UBS 1 do Guará pegar informações e agendar a primeira consulta de pré-natal. Na quinta-feira (5), acompanhada pelo marido, a gestante passou pela consulta com a enfermeira.
Nesse primeiro atendimento, são feitos testes rápidos para sífilis e HIV, pedidos dos exames iniciais, investigação de doenças na família de ambos e verificação da necessidade de encaminhar para outros profissionais da equipe – como nutricionista, dentista ou outros -, além de orientações gerais para tirar dúvidas.
Suporte
A presença de uma companhia da gestante nesse momento é essencial. Além da responsabilidade de estimular o envolvimento ativo da parceria, a consulta permite também uma avaliação da saúde do homem.
Assim ocorreu com o marido de Bárbara, Marcus André da Silva Magalhães, 35 anos, que pôde aferir suas próprias condições de saúde por meio de exames solicitados durante a consulta. Ele conta que sempre esteve presente nas gestações da parceira: “Eu também faço as coisas em casa, cuido do bebê, então tenho que entender como ajudá-la”, afirma. Juntos há 16 anos, eles têm dois meninos, um de 15 anos e outro de seis.
Bárbara e Luciano disseram ter saído satisfeitos com o atendimento recebido na UBS. “Achei a consulta excelente, bem explicativa; a enfermeira que nos atendeu foi muito atenciosa, conseguiu tirar todas as nossas dúvidas”, elogia Bárbara.
Como receber atendimento
O pré-natal está disponível em todas as unidades básicas de saúde do Distrito Federal. A gestante deve procurar a UBS mais próxima de sua residência para receber as orientações e iniciar o atendimento.
Viviane Albuquerque lembra que o serviço está funcionando normalmente durante a pandemia, adotando os protocolos necessários para receber as pacientes sem as colocarem em risco. “A organização do atendimento varia em cada UBS. Algumas atendem as gestantes em dias ou horários específicos para reduzir o risco de contato com outros pacientes, mas todas as unidades estão realizando o pré-natal, que é serviço essencial”, explica.
Na UBS 1 do Guará, a gerente da unidade, Roseneide Antunes, explica que o pré-natal é feito em área separada dos atendimentos covid e segue todos os protocolos de segurança. Para ser atendida, basta levar documento de identificação com foto, o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e, se possível, um comprovante de residência.
No início as consultas são mensais, depois passam para quinzenais e, no fim da gravidez, são semanais
Aproximadamente 18 mil mulheres iniciaram o pré-natal nas UBSs do DF em 2021. Segundo Viviane Albuquerque, até julho deste ano, foram registradas 105 mil consultas desse segmento.
Pré-natal
De acordo com a gerente de Enfermagem Obstétrica e Neonatal e coordenadora do grupo condutor central da Rede Cegonha no DF, Gabrielle Medeiros, o Ministério da Saúde recomenda no mínimo seis consultas durante a gestação. No início as consultas são mensais, depois passam para quinzenais e, no fim da gravidez, são semanais.
Segundo a gerente, em 2020, aproximadamente 78% das gestantes atendidas na rede pública de saúde do DF iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre de gestação. Ela explica que as gestantes são acolhidas pela equipe de Saúde da Família, sendo atendimentos intercalados entre o médico da família e o enfermeiro da equipe.
“É importante essa vinculação que ela cria com a equipe e com o local onde vai ter o parto. É no pré-natal que ela passa a conhecer o hospital que vai procurar em caso de emergência, quais as situações em que ela precisa procurar o hospital, entre outras orientações relevantes para esse período”, enfatiza Dayane Rimão, membro do grupo condutor central da Rede Cegonha no DF.
A gerente de Enfermagem Obstétrica e Neonatal, Gabrielle Medeiros, alerta para a importância de as gestantes reforçarem os cuidados nessa fase da pandemia
Gravidez de alto risco
A gestante inicia o acompanhamento do pré-natal na Atenção Primária, ou seja, nas UBSs. Caso seja identificado algum critério que classifique a gestação como de alto risco, é feito o encaminhamento, por meio de regulação, aos serviços especializados de atenção secundária. “Deve-se manter o acompanhamento nos dois locais para manter o vínculo no pós-parto, quando o atendimento fica por conta da atenção primária”, destaca Viviane Albuquerque.
Covid-19
A gerente Gabrielle Medeiros, por sua vez, alerta para a importância de as gestantes reforçarem os cuidados nessa fase da pandemia. “Evite ao máximo sair de casa; caso precise sair, utilize máscara, faça a higienização constante das mãos e mantenha o distanciamento social”, indica.
Além disso, ela faz um apelo para que as mulheres não deixem de se submeter ao pré-natal, indo às consultas conforme os protocolos determinados. “Muitas mulheres ficaram com medo de procurar o serviço de saúde por receio de contrair o vírus. Com isso, abandonaram o pré-natal. Sem esse acompanhamento não é possível identificar algum risco e evitar várias complicações, como trabalho de parto prematuro, por exemplo”, adverte ela.
Com informações da Secretaria de Saúde
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