Os cinemas do Distrito Federal deverão realizar sessões adaptadas a pessoas com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias. Na tarde d...
Os cinemas do Distrito Federal deverão realizar sessões adaptadas a pessoas com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias. Na tarde desta terça-feira (7), a Câmara Legislativa aprovou o projeto de lei nº 1.320/2020, do deputado Robério Negreiros (PSD), que torna as sessões adaptadas obrigatórias. O texto foi aprovado em segundo turno e redação final com 18 votos favoráveis, e segue à sanção do governador Ibaneis Rocha.
O projeto, segundo o autor, é uma tentativa de avançar na inclusão desse público, que “apresenta dificuldade de concentração, sensibilidade auditiva e visual, bem como dificuldade de permanecer sentado por muito tempo”. A proposta obriga as salas de cinema do DF a realizarem, no mínimo uma vez por mês, sessão adaptada para crianças e adolescentes com TEA. O texto estabelece ainda uma série de adequações às necessidades dessas pessoas.
Segundo o projeto, as sessões adaptadas deverão ser identificadas com o símbolo mundial do espectro autista, a ser afixado na entrada da sala de exibição. Durante as projeções, não será exibida publicidade comercial, as luzes da sala deverão ficar levemente acesas e o filme deverá ter o volume do som reduzido. Além disso, as pessoas com transtorno e seus familiares poderão entrar e sair durante a exibição.
Além disso, como forma de promover a inclusão, as sessões adaptadas não serão restritas aos que estão no espectro e seus acompanhantes, serão apenas preferenciais para esses espectadores. “O objetivo dessa proposição é ambientar e acolher as crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em salas de cinema com sessões adaptadas e fazer com que essa atividade seja uma extensão do processo de tratamento, para que evoluam e encontrem seu espaço na sociedade”, justifica Negreiros.
Luís Cláudio Alves - Agência CLDF
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