Em comemoração ao Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, a Câmara Legislativa realizou audiência pública remota, nesta sexta-feira (19)...
Em comemoração ao Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, a Câmara Legislativa realizou audiência pública remota, nesta sexta-feira (19), que contou com a participação de representantes da pauta. O deputado Leandro Grass (Rede), que comandou a reunião, destacou a importância da data, que foi criada pelas Nações Unidas (ONU) com o objetivo de dar mais visibilidade às mulheres que criam e comandam seus próprios negócios, além de combater a desigualdade de gênero.
Além dos dados, o parlamentar frisou a necessidade de legislações que incentivem mulheres a liderarem atividades econômicas. Em seguida, mencionou a Lei nº 6756/2020, de sua autoria, que “estabelece incentivos para o incremento das atividades econômicas lideradas por mulheres no Distrito Federal”.
De acordo com a empresária Ana Paola Brandão, sócia e proprietária de grandes empresas do DF, o preconceito foi a primeira barreira que ela enfrentou quando teve de assumir cargos de liderança após a morte de seu esposo, em 2017. “O preconceito existe muito, porque as pessoas não me davam o devido valor e não aceitavam que uma mulher que entrasse lá pudesse ter uma voz mais firme com os homens”, declarou. Ana Paola também disse que, em uma das empresas que ela assumiu, os funcionários, em sua maioria em homens, passaram a respeitá-la somente após os resultados que a empresa obteve em sua gestão.
A empresária acredita que falta incentivo com cursos de capacitação profissional voltados para mulheres, além de garra e objetivos a serem alcançados por elas. “Não é fácil, mas com coragem e uma boa meta a gente consegue; eu consegui”, disse.
A presidente da Câmara de Mulheres Empreendedoras da Federação do Comércio, Beatriz Guimarães, entende a necessidade de se ter mais homens debatendo sobre o assunto, pois em muitos ambientes, privados ou do poder público, a mulher é minoria. “Nós temos que trazê-los para o debate, pois quando um homem fala para outro homem a sonoridade acontece e a chance de se ter mudanças é maior”, afirmou.
Ao final, Leandro Grass disse que acredita em um empreendedorismo mais feminino e mais inovador, mas, para isso, é necessário estabelecer meios de protagonismo feminino no segmento econômico, seja com a criação de leis, seja com práticas de incentivo para tal.
Warley Júnior (estagiário) - Agência CLDF
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