Domingo, dia 9, é Dia das Mães; o segundo desde que começou a pandemia do novo coronavírus Cuidar do amor de alguém, enquanto está longe d...
Domingo, dia 9, é Dia das Mães; o segundo desde que começou a pandemia do novo coronavírus
No segundo Dias das Mães registrado nesse período comemorado neste domingo (9), essas guerreiras compartilham quais são os desafios e sentimentos enfrentados na maternidade em meio à crise sanitária. A enfermeira Luciana Cardoso, de 43 anos, é uma delas.
Além da redução do tempo de contato entre mãe e filha imposta pela pandemia, outros fatores que aumentam ainda mais a distância é a carga horária intensa de trabalho de Luciana e os afazeres em casa. “Dói bastante não conseguir me dedicar totalmente a ela, porque a rotina é muito cansativa e pesada. O que compensa é ver que meu trabalho tem resultado e que, juntamente com a equipe, consigo restabelecer vidas em um cenário de pandemia tão difícil”.
Transformação
Por ser asmática, a caçula Amanda Dias, de 16 anos, teve que se mudar para a casa da avó paterna, de forma a reduzir as chances de se expor ao vírus. Já o marido de Ivone e o filho mais velho – Alisson Dias, de 27 anos –mantiveram o distanciamento da profissional de saúde, apesar de dividirem a mesma casa.
Ivone ainda teve que deixar de visitar o filho de 23 anos, Wesley Dias, da nora e do neto, de 7 anos, que moram em outra residência. “Foi preciso muita resiliência para aguentar a distância e a saudade da família”, relembra.
O contato inicialmente era virtual. Mas, com o passar do tempo e mais conhecimento sobre a doença, a família voltou a se ver, seguindo todos os protocolos sanitários. “Mesmo assim, todo o cuidado é pouco e, por isso, vamos comemorar o segundo Dia das Mães na pandemia por chamada de vídeo”, decidiu.
A pandemia também tem sido um desafio para a gerente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho, Janaína Vieira Almeida, de 35 anos. A rotina puxada a deixou longe das filhas Lívia Almeida, 3 anos, e Laura Almeida, 5 anos. “O fato de ocupar um cargo de gestão e me expor ao vírus cotidianamente é bem difícil. Durante o dia, elas ficam com minha mãe. Saio cedo e as deixo lá. Depois, busco, mas sem um horário exato”, contou.
Para ela, apesar do pouco tempo com as filhas e da necessidade de evitar a proximidade, o período de enfrentamento da covid trouxe muitos aprendizados. “Mostrou-me a importância de acompanhar a alfabetização das crianças e dar todo carinho e amor que posso. Assim como eu sou apaixonada pela minha profissão, sou apaixonada por ser mãe e tento dividir ao máximo a atenção nos dois âmbitos”, declara, ao dizer que mantém uso contínuo de máscara mesmo dentro de casa.
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