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A Sarna humana atinge moradores do litoral de São Paulo

Há alguns meses, pelas redes sociais, empresária chamou atenção para a gravidade do problema. Além de casos de covid-19 e dengue, Praia Gran...



Há alguns meses, pelas redes sociais, empresária chamou atenção para a gravidade do problema.

Além de casos de covid-19 e dengue, Praia Grande, no litoral paulista, também lida com ocorrências de escabiose, também conhecida como sarna humana. Nas redes sociais, há alguns meses, a empresária Patrícia Ogna Patrali, criadora do projeto pessoal PG invisível, que ganhou força durante a pandemia do novo coronavírus, alertou para a gravidade deste outro problema enfrentado pelo município.
"Essa situação acontece desde outubro do ano passado, quando me deparei com uma criança com escabiose. Desde então, falo que tem algo estranho. Até porque também estão apresentando muitos furúnculos. Uma das bebês, em tratamento, está tomando antibióticos e usando sabonete e loções específicas. É preciso ter cuidados porque passa de uma pessoa para outra", postou sobre casos envolvendo adultos, crianças e até bebês.

A prefeitura de Praia Grande afirma que equipes do Programa Consultório na Rua, Saúde Ambiental e Rede de Atenção Básica da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) realizaram na manhã de terça-feira, 25, uma ação em uma comunidade do bairro Nova Mirim para atender e orientar a população local.

Ao todo foram atendidas 38 famílias que vivem no local. Foram realizados 17 atendimentos médicos, diagnosticados seis casos de escabiose (sarna humana) e dois casos de pediculose (piolho). "Todos foram medicados na hora e orientados em relação aos cuidados com higiene das roupas, peças de cama e banho, animais de estimação e o ambiente em geral", afirma o secretário adjunto de Saúde, José Isaías Costa Lima.

Conforme a Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande, a escabiose não é doença de notificação compulsória, portanto não há dados sobre o número de casos. Desde que tomou conhecimentos de ocorrências em alguns locais específicos, a Sesap disse que disponibilizou uma equipe de Saúde da Família para orientar a população sobre os cuidados que devem ser adotados.

Confira perguntas e respostas sobre escabiose:

O que é a escabiose?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a sarna ou escabiose é uma parasitose humana causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei variedade hominis. O contágio se dá somente entre humanos, por contato direto com pessoa ou roupas e outros objetos contaminados. O contato deve ser prolongado para que ocorra a contaminação.

Qual o período de maturação do ácaro?

A fecundação do ácaro ocorre na superfície da pele. Logo após o macho morrer, a fêmea penetra na pele humana, cavando um túnel, por um período aproximado de 30 dias. Depois, deposita seus ovos. Quando eles eclodem, liberam as larvas que retornam à superfície da pele para completar seu ciclo evolutivo. Este processo de maturação é de 21 dias.

Onde pode se manifestar?

A escabiose ocorre principalmente em comunidades fechadas e grupos familiares.

Como ocorre a transmissão?

A transmissão é por contato e, embora seja de fácil transmissão, é limitada pelo número de pessoas em convivência comum. Segundo a prefeitura de Praia Grande, a notificação do número de casos não é necessária pois não causa epidemias ou surtos de grandes proporções.

Quais são os sintomas?

As manifestações clínicas são decorrentes da ação direta do ácaro, quando este se movimenta nos túneis. E, também, em grande parte, pela hipersensibilidade desenvolvida pelo paciente contaminado. O principal sintoma da escabiose é a coceira ou prurido, que é sentido principalmente à noite.

De acordo com a SBD, as principais lesões na pele são os túneis e, nas suas extremidades, pequenas vesículas. Estas lesões aparecem principalmente entre os dedos das mãos, nas axilas, na parte do punho que segue a palma da mão, auréolas e genitais. A cabeça sempre é poupada. Escoriações na pele são frequentes, por causa da coceira intensa.

Como é feito o diagnóstico da doença?

O diagnóstico é geralmente clínico, pelo achado dos túneis e pelas áreas características do aparecimento das lesões de escabiose. Pacientes idosos, ou já tratados com corticoides, podem ser difíceis de ser diagnosticados. Neste caso é preciso fazer uma pesquisa do parasita na pele, coletando o material nas lesões dos sulcos.

É possível adotar medidas preventivas?

A prevenção consiste, basicamente, em evitar contato com pessoas e roupas contaminadas. Uma vez detectado um paciente com escabiose, todos que com ele tenham contato direto devem ser examinados e tratados. Caso estejam infectados, devem também ser tratados. Desta forma, é interrompida a cadeia de transmissão da parasitose.

E no caso de famílias que têm animais de estimação?

Embora animais como gato e cachorro não transmitam a sarna humana, havendo pets na residência, é importante verificar se estão contaminados e efetuar tratamento adequado.

Como é feito o tratamento?

O tratamento consiste em usar medicamentos tópicos em todo o tegumento (pele, pelos e cabelo) ou uso de medicamentos orais. A escolha vai depender das características da doença em cada paciente e também das suas condições gerais de saúde. Portanto, o tratamento é individualizado pelo médico para cada paciente.

Ainda segundo a prefeitura de Praia Grande, o tratamento depende em especial de higienização de roupas comuns e do ambiente.

Da redação com informações do site: https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/sarna-humana-atinge-moradores-do-litoral-de-sao-paulo,475bf8814e4026e0bc0dc83af02ef70csc9rjsgk.html 

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