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Linha de frente já reúne mais de 7 mil profissionais

  São 5.939 médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de 1.089 funcionários de outras especialidades Um batalhão de 7.028 profissi...



 São 5.939 médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de 1.089 funcionários de outras especialidades

Um batalhão de 7.028 profissionais atua na linha de frente de socorro às vítimas do coronavírus nos dois hospitais e nas seis unidades de pronto atendimento (UPAs) administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). São 5.939 médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de 1.089 profissionais de outras especialidades, a exemplo de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e farmacêuticos

Esse contingente representa quase a totalidade dos colaboradores do instituto, que tem 8.983 profissionais, sendo 1.955 do setor administrativo. Na guerra contra a covid-19, o batalhão do Iges-DF conta ainda com a ajuda do pessoal de apoio — terceirizados das áreas de limpeza e segurança.

Ao informar esses números, a direção do Iges-DF ressaltou que a ordem para esses profissionais é não medir esforços para atender todos os enfermos que chegam às unidades.

Uma missão dificultada pelo crescente número de infectados no DF, que, em um ano de pandemia, já soma mais de 333 mil pessoas, segundo a Secretaria de Saúde (SES). Desse total, mais de 312 mil pacientes foram recuperados até o levantamento do dia 25 de março.

O presidente do Iges, Gilberto Occhi, explica que a quantidade de pessoas atuando nas unidades do instituto atende aos parâmetros estabelecidos pela SES. A dificuldade é atender centenas de pacientes ao mesmo tempo e dentro de uma estrutura que não foi projetada para essa demanda.

“Por causa da alta procura, os nossos profissionais precisam fazer um esforço extra para atender a todos nas unidades”, ressalta Occhi. “Isso faz com que eles operem acima da capacidade de atendimento.”

Onde estão os profissionais

A maioria dos profissionais do Iges-DF que estão na linha de frente atua no Hospital de Base (HB). São 3.108 “guerreiros de saúde” que, em sistema de revezamento, trabalham todos os dias e quase o dia todo para salvar pacientes internados nos 122 leitos de covid-19 do HB.

Os leitos estão assim distribuídos: 57 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 40 no Pronto-Socorro Covid (3º andar), 13 na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e 12 destinados à recuperação dos enfermos no sétimo andar do prédio.

No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o batalhão da linha de frente é composto por 1.976 profissionais de saúde.

No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o batalhão da linha de frente é composto por 1.976 profissionais de saúde | Foto: Breno Esaki / Agência Saúde

O hospital dispõe de 95 leitos para pacientes com coronavírus. São 40 leitos na UTI Covid no primeiro andar do prédio, outros 40 na unidade de terapia intensiva do quinto andar e mais 15 no Pronto-Socorro Covid-19. Com essa estrutura, o HRSM já conseguiu atender, ao longo da pandemia, mais de 23 mil pacientes.

Já as seis unidades de pronto atendimento (UPAs) assistiram, no mesmo período, mais de 68 mil pacientes com coronavírus. Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho atendem, em média, 191 pessoas por dia. Na equipe dos profissionais da linha de frente, estão 855 médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Segurança dos profissionais

Para garantir o atendimento aos pacientes e proteger os profissionais que atuam na linha de frente, o Iges tem se preocupado em manter os estoques abastecidos, renovando periodicamente tanto os insumos (medicamentos e oxigênio, por exemplo) quanto os equipamentos de proteção individual (EPIs), a exemplo de máscaras, luvas, capuzes e macacões.

Eles contam também com áreas exclusivas para vestir e descartar corretamente esses equipamentos, seguindo os protocolos de paramentação e desparamentação em áreas infectadas pelo coronavírus. “A nossa premissa é que os escalados para a sala covid-19 permaneçam durante todo o período de trabalho no local e apenas façam o rodízio, se preciso, na próxima escala de trabalho”, salienta Eny Fernanda Alves, chefe da Qualidade e Segurança dos Pacientes das UPAs. “Se necessário atendimento de pacientes infectados e não infectados no mesmo dia, a segurança é garantida com a paramentação dos profissionais.”

Apelo à população

Mesmo determinados e trabalhando exaustivamente para salvar vidas, os profissionais de saúde do Iges-DF têm procurado alertar a população sobre os perigos da doença e sobre a lotação dos leitos para coronavírus.  Na semana passada, eles lançaram, pelo site oficial do instituto, a campanha Faça a Sua Parte.

A campanha reúne vídeos gravados por diversos profissionais da linha de frente. Nas mensagens, eles declaram que estão esgotados, que não há leitos para todos, que os hospitais estão lotados e que cada cidadão precisa contribuir, bastando para isso seguir simples medidas preventivas: não aglomerar, usar máscara, lavar a mão com sabão, aplicar álcool gel e ficar em casa o maior tempo possível.

Com informações do Iges-DF

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