Comunidades estão no grupo prioritário para imunização. São acompanhadas pela rede socioassistencial do Gama Não tive a doença e estou con...
Comunidades estão no grupo prioritário para imunização. São acompanhadas pela rede socioassistencial do Gama
Não tive a doença e estou confiante de que não vou pegar. Eu acredito muito na ciência”, comemorou o estudante de Direito Kany, de 27 anos, da etnia Matipu, após após receber a primeira dose de vacina contra o novo coronavírus nesta quarta-feira (10).
Kany e outros 47 índios de diversas etnias tiveram acesso ao início da imunização como integrantes dos grupos prioritários para receber vacinação de combate ao novo coronavírus. São acompanhados pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) do Gam, que providenciou o agendamento.
A ação ocorreu no Estádio Walmir Campelo Bezerra, o Bezerrão, localizado na Região Administrativa do Gama. Coube a aplicação do medicamento a profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Além dos Terenas, compareceram à vacinação agendada os indígenas Kamaiurá, Matipu, Tapuia e Javé.
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, destacou a importância da vacinação no enfrentamento à pandemia de Covid-19.
“É um momento importante para levar a vacina a todos os integrantes do grupo prioritário. “Além dos indígenas, a Secretaria de Saúde está ampliando a vacinação no DF e, nesta quinta-feira, começa a vacinar quem tem 74 anos”, anunciou.
Conquista de um povo
Entre os agendados estavam crianças, jovens, adultos e idosos.
“Nós vimos muitas pessoas se contaminarem e não resistirem. Estar aqui, hoje, é uma conquista para nosso povo”, destacou a líder comunitária indígena Lili Terena, de 61 anos.
As famílias são acompanhadas e referenciadas no Cras Gama, onde estão inseridas em serviços como atendimento sistemático, visitas domiciliares, inclusão e atualização de dados no Cadastro Único para Programas Sociais ou CadÚnico, que reúne informações sobre famílias de baixa renda existentes no país.
“É um público vulnerável e, por isso, aparece entre os prioritários”, justifica a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Imunizar essa população significa levar tranquilidade e segurança para as etnias, principalmente, pelo fato de frequentemente estarem nas aldeias e correrem o risco de disseminação nesses locais”, complementa a gestora.
Eles são atendidos em solicitações diversas de benefícios, isenção de segunda via da identidade e encaminhamentos para cursos e projetos socioassistenciais, entre outros.
Em 20 de janeiro, os primeiros indígenas começaram a ser vacinados no Distrito Federal. As aplicações ocorreram na Aldeia Teko Haw, no Setor Noroeste. Foram 17 pessoas da etnia Guajajara; além de outras 30 na Casa de Saúde Indígena (Casai).
Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes)
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