Instituto vai comunicar ao Ministério Público que existe apenas um protocolo de intenções para desenvolver, no futuro, pesquisas científ...
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
(Iges-DF) vai comunicar ao Ministério Público do DF e Territórios
(MPDFT) que não celebrou qualquer convênio com a Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)
visando desenvolver projetos em parceria com o Centro de Inovação,
Ensino e Pesquisa (Ciep) da instituição.
O que existe é apenas um protocolo de intenções voltado ao
desenvolvimento técnico-científico e à formação de profissionais,
conforme esclareceu nesta terça-feira (28) o presidente do Iges-DF,
Paulo Ricardo Silva. Esse protocolo é o primeiro passo para
que, no futuro e quando houver disponibilidade de recursos, sejam
firmadas parcerias com a Unesco, uma das mais conceituadas instituições
do mundo. “Não foi gasto nenhum recurso com esse protocolo”, afirmou.
“Nossa prioridade, no momento, é pagar as contas
e equilibrar o orçamento do Iges.”
O comunicado da instituição será feito ao promotor Clayton Germano,
titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPDFT, que
encaminhou ofício recomendando ao Iges-DF não assinar o convênio, que
seria no valor de R$ 5 milhões. No documento, o
promotor defende que os recursos do suposto convênio sejam aplicados em
setores das unidades administradas pela instituição que estariam
enfrentando problemas para atender os pacientes. Seria o caso, segundo o
promotor, da radioterapia e da quimioterapia do
Hospital de Base.
Saneamento das contas do Iges
Paulo Ricardo Silva esclareceu que não há qualquer relação entre o
protocolo de intenções firmado com a Unesco e problemas pontuais
ocorridos em unidades do Iges-DF. Ele lembrou que a atual direção do
instituto herdou diversos problemas, inclusive atraso
nos pagamentos aos fornecedores de insumos e prestadores de serviços.
“Em breve, vamos apresentar nosso plano de recuperação financeira e
administrativa para solucionar problemas gerais e pontuais do Iges”,
assinalou Paulo Ricardo.
O presidente acrescentou que, quando assumiu o instituto, encontrou
um passivo muito grande, com dívidas milionárias de seus predecessores.
“Mas já quitamos débitos com mais de 190 fornecedores e estamos pagando
os outros.”
Já estão sendo pagos R$ 2,9 milhões a credores que fornecem
medicamentos, equipamentos hospitalares, material administrativo e
outros produtos. Inclusive, o pagamento a fornecedores de insumos
quimioterápicos já foi feito. “Nos próximos dias, esses serviços
serão normalizados”, garante Paulo Ricardo. Com a quitação das dívidas,
problemas pontuais vão sendo sanados, o abastecimento de produtos e a
prestação de serviços voltam à normalidade, o que garante que seja
mantida a qualidade do atendimento aos pacientes,
conforme Paulo Ricardo.
A negociação dos débitos é a primeira parte de um plano maior para
equilibrar as contas do Iges-DF e continuar proporcionando o atendimento
de qualidade em saúde pública à população do DF. Nos próximos dias,
será lançado um Plano de Recuperação que, entre
outras ações, prevê o enxugamento de gastos, a negociação de impostos e
encargos trabalhistas e concessionários.
Conhecimento aplicado
Além dos serviços assistenciais nas oito unidades sob sua
administração — Hospital de Base, Hospital de Santa Maria e seis
unidades de pronto atendimento (UPAs) —, o Iges-DF conta com um Centro
de Inovação, Ensino Pesquisa (Ciep), cujo objetivo é gerar
conhecimento aplicado para qualificar o cuidado em saúde de média e
alta complexidade.
Dessa forma, colaborações de instituições da importância da Unesco
podem abrir portas para outras parcerias que fomentem o desenvolvimento
científico no instituto, explica o presidente Paulo Ricardo. Além disso,
esse tipo de trabalho em conjunto pode significar
captação de novos recursos.
Texto: Ascom Iges-DF
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