A Polícia Civil do DF, por intermédio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais – Corpatri/PCDF, deflagrou na manhã desta terça...
A Polícia Civil do DF, por intermédio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais – Corpatri/PCDF, deflagrou na manhã desta terça-feira (15), a Operação Navio Fantasma. A ação objetivou cumprir 12 mandados de busca e apreensão na residência e empresas de integrantes de uma associação criminosa, sediada em Brasília, voltada, nos anos de 2019 e 2020, à simulação de acidentes automobilísticos e consequente recebimento de valores de seguro. As medidas foram autorizadas pela Segunda Vara Criminal de Brasília. Os mandados foram cumpridos no Lago Sul, Asa Norte, Vicente Pires, Taguatinga, Guará, Águas Claras e Núcleo Bandeirante.
As investigações apontaram que, nos últimos dois anos, o grupo forjou cinco acidentes automobilísticos para recebimento do valor do seguro. No total, foram destruídos dez veículos, dois em cada acidente.
A logística do grupo é simples: a) são adquiridos veículos importados de difícil comercialização; b) são contratados seguros novos, com valor de indenização correspondente à Tabela Fipe; c) ocorre a colisão proposital dos veículos, que sofrem perda total; d) o condutor que contratou o seguro assume a culpa pela colisão, para viabilizar o pagamento dos danos do outro veículo envolvido no acidente, cujo condutor também integra a associação criminosa; e) opera-se o recebimento dos valores do seguro, baseados na Tabela Fipe, que são superiores aos valores de aquisição dos veículos.
Os acidentes forjados ocorreram no Setor de Clubes Esportivos Sul – SCES e na rodovia DF-140, proximidades do Complexo da Papuda, sempre na madrugada. Em todos os acidentes houve choque proposital da coluna central, dano estrutural que conduz necessariamente à perda total do veículo.
Para dificultar a investigação, os registros dos acidentes eram feitos na Delegacia Eletrônica e os criminosos se revezavam na condição de condutor, segurado (contratante), terceiro envolvido e recebedor da indenização. Com o mesmo objetivo, o grupo criminoso também criou cinco empresas de fachada, em nome das quais eram registrados os veículos. Entre os veículos destruídos estão três BMW´s, um Porsche e um Chrysler.
Especializado na simulação de acidentes automobilísticos, o grupo inovou, em 2019, e incendiou uma embarcação de cinquenta pés, obtendo vantagem indevida de R$ 750 mil. A embarcação foi incendiada no dia 11/12/19, por volta de 20h, às margens do Lago Corumbá, em Caldas Novas/GO.
Estima-se que, nos últimos dois anos, o grupo tenha faturado a quantia aproximada de R$ 2 milhões com as fraudes. A investigação contou com o apoio das empresas seguradoras e Marinha do Brasil.
Assessoria de Comunicação/DGPC
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