Luciane Simão Silva era casada havia oito anos. As agressões, segundo relatou um familiar da vítima, ocorreram na noite de quarta-feira (16/...
Luciane Simão Silva era casada havia oito anos. As agressões, segundo relatou um familiar da vítima, ocorreram na noite de quarta-feira (16/12), na Praça da Fercal. A mulher faleceu na madrugada desta segunda-feira (21/12)
Quem procurou a delegacia para denunciar o caso foi o irmão dela. "A mulher chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e retornou para a casa. Mas, segundo os parentes, apresentou complicações na recuperação e precisou voltar ao hospital no final de semana", detalhou, ao Correio, a delegada-adjunta da 13° Delegacia de Polícia (Sobradinho), Ágatha Braga.
Segundo as investigações, o crime aconteceu na noite de quarta-feira, em um local público, na Praça da Fercal. "O que sabemos, até o momento, é que ele estaria sob o efeito de drogas e a vítima o teria questionado. Irritado, o autor teria desferido um golpe no rosto dela. Que caiu e bateu a cabeça no banco", contou a delegada.
Mesmo internada, o agressor continuou a perturbar a vítima, enviando mensagens de ameaça e desestabilizando o quadro de saúde de Luciane. Na madrugada desta segunda-feira, a mulher faleceu em decorrência dos ferimentos.
Na tarde deste domingo (20/12), policiais civis localizaram o autor e o prenderam. "Estamos colhendo mais elementos e iremos ouvir mais testemunhas presenciais para sabermos se ele responderá por lesão corporal seguida de morte ou feminicídio", frisou a investigadora.
Agressões constantes
O casal mantinha união estável havia oito anos e tinha um filho de 7 anos. Luciane também deixa outra filha, de idade não revelada, fruto de outro relacionamento. Na delegacia, o irmão de Luciane chegou a relatar que a irmã era agredida constantemente pelo companheiro.
O Correio apurou que a mulher registrou boletim de ocorrência de violência doméstica contra o agressor, em 2017, e teve medida protetiva decretada. Mas o casal reatou o relacionamento e a determinação não estava em vigor na Justiça. Em uma publicação no Facebook, em agosto de 2018, Luciane chegou a postar uma foto pedindo o fim da violência contra as mulheres.
Órfãos
Em reportagem publicada em agosto desde ano, o Correio revelou que, desde a criação da Lei do Feminicídio, 107 mulheres morreram por preconceito de gênero no Distrito Federal e que 137 crianças e adolescentes perderam a mãe por conta desse tipo de crime.
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